Relembrando a Game Developers Conference 2011

"Todos a bordo do bonde do zeitgeist gamer"
"Todos a bordo do bonde do zeitgeist gamer"

Ah, a GDC*… Outro dia eu estava lembrando de como foi bacana cobrir a Game Developers Conference em San Francisco para o Arena Turbo este ano, e como esses eventos são incríveis – tanto pelo tamanho quanto pelo imprevisto. É aquilo: você pode até traçar um mapa de tudo que gostaria de fazer, seguir as sugestões do editor, mas sempre é o caso de esperar o inesperado. Você vê uma palestra, netbook no colo, e quando ela mal acabou você já está correndo para outra sala – talvez mesmo em outro prédio – para a próxima.

É uma tipo único de experiência que eu parei para relembrar após o post anterior… e mesmo porque a correria foi tanta que, sinceramente, nem consegui comentar direito essa cobertura aqui no blog!

Pra começar, é muito maneiro ver as palestras de verdadeiros ícones da indústria, como Toru Iwatani (Pac-Man), Ron Gilbert (Maniac Mansion), David Braben (Elite / Frontier),  Satoru Iwata e Reggie Fils-Aime (presidentes da Nintendo no Japão e Estados Unidos), Hideki Konno (Mario Kart), Cliff Bleszinski (Gears of War) e prévias de pesos-pesados da indústria, como Battlefield 3 e Kingdoms of Amalur: Reckoning. Sem contar que há o ocasional desenvolvedor menor que acha uma mina de ouro, como a Rovio (Angry Birds) mostrou em sua palestra apresentada por Peter Vesterbacka.

Igualmente recompensador é acompanhar as novas tendências lançadas tanto por game designers que não fazem questão de se prenderem às amarras da indústria, como Hidetaka “Swery65” Suehiro (Deadly Premonition) aos criadores independentes que vão na cara e na coragem, como Majdi Badri, da Young Horses (Octodad) e Jake Kazdal, Ichiro Lambe e Daniel Cook (Skulls of the ShogunAaaaa! e Steambirds). Ver Minecraft e Amnesia: The Dark Descent fazendo a limpa no Independent Game Festival foi refrescante.

Além disto, também foi interessante ver como os games são levados a sério, seja na palestra de Nina Fefferman sobre o Corrupted Blood – a epidemia de World of Warcraft – e seu estudo sobre o comportamento humano frente a uma situação destas, ou mesmo Brynjolfur Erlingsson comentando as maneiras que a CCP usou para contornar problemas de fraude no universo virtual de EVE Online. Outra palestra que descobri por total coincidência e foi bacana foi a de Saku Lehtinen, da Remedy, sobre a direção de arte de Alan Wake. Sem contar as ações publicitárias curiosas, como os tacos coreanos que a THQ ofereceu de graça para promover Homefront

E isso porque eu estou listando somente o que eu cobri ao vivo, porque teve muito mais coisa rolando: se você vir a tag GDC no blog de coberturas do Arena Turbo, verá muito mais coisa acompanhada tanto pessoalmente pelo Rique Sampaio (wingman!) quanto na intrépida cobertura da equipe no Brasil. Enfim, algo me diz que esta não será a única que cobrirei, mesmo porque preciso beber mais com o Ali (que eu só conhecia via internet e foi personagem da minha coluna 5-Hit Combo) e com a Heidi, por mais que ela fique no refrigerante..

* Essa introdução foi em homenagem ao Rique, guia turístico acidental de San Francisco, mestre dos bondinhos, disléxico seletivo (é BAY City Guide, tá?) e miguxo #1 do Tetsuya Mizuguchi. Essas histórias e outras curiosidades foram comentadas no Games on the Rocks especial da GDC, caso você tenha perdido…