[post originalmente publicado no Kenner Blog]
De uns tempos pra cá, ter um videogame em casa virou algo bem comum – mas tem uma coisa na qual pouca gente se liga: nem sempre os criadores dos jogos que você vê nas prateleiras das lojas têm a chance de criar algo absolutamente inovador. Claro que boa parte deles tenta garantir aquele diferencial que vai fazer o cliente comprar seu produto, e não o do vizinho… mas seja pela pressão do mercado em criar coisas parecidas com as que fazem sucesso, às vezes fica difícil deixar a mente viajar demais.
Felizmente, os jogos por download estão aí pra isso: enquanto alguns são variações de temas conhecidos, existem algumas produções na web – e outras por download, oferecidas de graça ou a um precinho bem mais camarada – que fazem o que os peixes grandes da indústria dificilmente têm a possibilidade de fazer. Um destes game designers é Daniel Benmergui, que libera suas criações na Internet – e que enquanto não parecem muito pretensiosos, têm ideias bem interessantes.
O primeiro jogo dele que conheci foi I Wish I Were the Moon, onde apontar com o mouse e marcar um botão cria uma fotografia. O que estiver na foto pode ser trocado de lugar na tela, criando até oito finais diferentes para esta curioso triângulo amoroso entre um rapaz, uma moça e a lua. Tente tirar uma foto do carinha na lua e mova-o pra canoa para ver um deles. Veja se consegue descobrir os outros sete!
O outro jogo dele que é um dos meus favoritos do ano é Today I Die, onde o jogador modifica os elementos do cenário ao trocar as palavras marcadas em um poema. Bacana que o jogo tenha sido traduzido e adaptado para vários idiomas, inclusive o bom e velho Português. Lembre-se que vale interagir tanto com o herói quanto com os inimigos e elementos do cenário. Não é o tipo de jogo que se vê com frequência, né?
Enfim, vale dar uma vasculhada no site do Daniel, que tem mais conceitos bacanas, como StoryTeller – historinha customizável em três atos envolvendo dois rapazes e uma moça num reino medieval de fantasia – e Night Raveler and the Heartbroken Uruguayans, que envolve ligações humanas e suas consequências.
por Pedro Giglio
– mesmo sendo fã dos clássicos, curte pensar fora da caixa