[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]
Não, não me refiro a Lost. No ano passado, um dos meus primeiros posts aqui no blog foi sobre como era legal pesquisar a fundo as referências das obras que você curte — e um dos exemplos que citei foi Gunkanjima (“ilha navio de guerra”, por seu formato), uma ilha na costa do Japão que conheci por causa de Killer7, um dos meus jogos favoritos do GameCube.
Uma das cenas mais importantes da seqüência final deste jogo é ambientada nesta ilha, que até eu parar e procurar na Internet pensei se tratar de um lugar fictício. E nem era. Resumindo um pouco a história de verdade, esta compacta ilha — fundada por uma mineradora e habitada por seus funcionários e famílias — teve a maior densidade populacional do mundo por um bom tempo, até que os recursos naturais se esgotaram; em 1976, todos tiveram que partir de lá em questão de semanas, deixando tudo para trás… e a ilha continua lá até hoje, intacta, como prova de que não se pode acabar com seus recursos naturais.
Enfim, por uma dica que li em uma lista de discussão que assino, alguém fez um pequeno documentário sobre a ilha, que está disponível no YouTube. Confiram os vídeos a seguir, mostrando um dos ex-moradores revisitando a ilha (sabe-se lá como, dado que é proibida a visita) e relembrando da vida na ilha fantasma. As imagens são incríveis, e as fotos comparando a vida de formigueiro na época e a desolação atual são chocantes. Vale a conferida.