Rock N’ Roll Racing 3D: Já que a Blizzard não faz…

… o estúdio russo Yard Team prepara aquela homenagem ao clássico de corrida e combate da era 16-bits. E aí, Blizzard? Sua vez – e rápido, antes que os camaradas lancem o jogo deles!
Perdi muitas horas jogando o Rock N’ Roll Racing original no Super Nintendo, era divertido demais. É até engraçado pensar que hoje, quando vários jogos têm trilha sonora licenciada, logo este – que leva o rock ‘n roll no nome! – não ganha uma releitura.
SUP: Nicalis sorteará remake de Cave Story até dia 31
Não tem muito tempo que citei por aqui que Cave Story (no original, Doukutsu Monogatari), um jogo freeware para o PC, estava prestes a receber um remake bacana para o WiiWare. Eis que a Nicalis, produtora / distribuidora desta edição, lançou uma promoção via Twitter valendo cópias do jogo que chega hoje ao Shop Channel. Para isto, basta adicioná-los em sua lista de contatos no Wii (3571 3540 3808 3416) e postar a seguinte frase no Twitter a partir das 13h de hoje até o dia 31:
#cavestory is available on Wii and I want it now! My friend code WWWW XXXX YYYY ZZZZ! Now gimme my Cave Story! @nicalis
Obviamente, tem que trocar o código acima pelo Friend Code do seu console – e deixar sua configuração do console para Estados Unidos (mesmo porque, neste caso, só faz diferença em relação a poder enviar e receber jogos de presente). Enfim, a galera da Nicalis sorteará duas cópias do game diariamente até o fim do mês, aí é tentar a sorte e mandar pelo menos uma mensagem destas por dia até lá. Para mais detalhes sobre a promo, visite o blog oficial da Nicalis.
O quê? Você não conhece o Cave Story original? Não seja por isso: baixe-o no site oficial e depois compare-o com a nova versão…
Passando o controle: Você tem algum queridinho da cena freeware que virou – ou que vai virar – jogo completo? Qual?
5-Hit Combo: Mark Baldwin (Team 17)
Nesta semana, Mark Baldwin – produtor da Team 17 – é o convidado do 5-Hit Combo. E sim, ele também deu seu pitaco sobre jogos clássicos e esquecidos que mereciam um remake. Baldwin ressalta: “estes não são meus jogos favoritos, mas aqueles que eu gostaria de ver recriados”. Tranquilo, Baldwin. Vamos ver qual foi sua seleção:
1. Flashback (Megadrive): “Um jogo de visual ótimo para sua época, unindo jogabilidade ótima com animação fantástica e telas de fundo totalmente desenhadas à mão. Houve um tipo de sequência chamada Fade to Black com o mesmo personagem, mas com jogos como Shadow Complex por aí, este está maduro para um remake.”
2. One Man and His Droid (C64): “Na época quando a Mastertronic tinha uma linha de jogos a £1.99, este me manteve ocupado por muito tempo com a mecânica de jogo simples e elementos de puzzles (sou um pouco pato por quebra-cabeças). Baseado no programa de televisão tipicamente inglês One Man And His Dog, este era incrivelmente surreal e eu adoraria ver uma nova versão dele.”
3. International Karate + (Amiga): “Originalmente feito para o Amstrad 8-bits, C64 e Spectrum. A versão para o Amiga parecia incrível e jogava como um sonho. No game, três caras lutavam entre si em uma praia, tentando ser o primeiro a marcar seis pontos. A cada dois rounds, havia um jogo bônus que envolvia rebates bolas quicantes ou chutar bombas para longe. Muito divertido.”
4. Gods (Amiga): “Como maioria dos jogos dos Bitmap Brothers, Gods tinha visual e música ótimos mas também era um jogo de plataforma bem esperto se não me falha a memória, com uma inteligência artificial impressionante que parecia se adaptar à maneira que você jogava. Este também tinha bastante profundidade para um jogo de plataforma, incluindo a capacidade do jogador modificar as armas que pegava.”
5. Space Hulk (Amiga, “mas joguei-o no PC”): “Este é um daqueles jogos que realmente me assustaram quando eu jogava. Você poderia passar muito tempo planejando suas manobras só para vê-las dando horrivelmente errado. Até hoje eu me lembro da atmosfera, as instruções para cada missão e os efeitos sonoros assustadores. “Purge the enemy” [“Elimine o inimigo”] 🙂
Passando o controle: Ainda tem muito jogo bom das antigas que continua no esquecimento. Faça sua voz ser ouvida e comente quais clássicos você gostaria de rever!
A ascensão dos indie games
À medida que a tecnologia empregada na criação de videogames se torna mais complexa, os custos de produção dos jogos tendem a se tornarem mais elevados. Uma prova disto está no aumento do preço final ao consumidor: enquanto os títulos de Xbox 360 e PlayStation 3 costumam ter o preço sugerido de US$ 60 no varejo, os jogos para o Wii – que roda seus jogos em definição aprimorada (EDTV) com resolução 480p – continuam na faixa dos US$ 50.
Infelizmente, nem todo estúdio tem bala na agulha para bancar um projeto do calibre de um God of War III, que custou US$ 44 milhões à Sony – ainda mais aqueles que ainda ficam à procura de distribuidoras novas, levando portas na cara até conseguirem; felizmente, nem toda produtora está restrita a criar projetos multimilionários, assim como as novas maneiras de oferecer jogos as ajudaram neste objetivo.
Não é de hoje que joguinhos grátis e independentes têm chamado a atenção das companhias maiores. Alguns exemplos relativamente recentes disto são Every Extend Extra Extreme, Blast Works e flOw. Os três games em questão são releituras de jogos freeware (no caso, Every Extend – que já tinha sido revisitado no PSP -, Tumiki Fighters e, hã, flOw) que acabaram tendo sua chance ao sol por capturar a atenção da Q Entertainment, Majesco e Sony. Fosse por distribuição em disco ou por download, o trabalho de desenvolvedores menores foi reconhecido. Outro exemplo que passa perto disto mas se revelou mais elaborado foi Narbacular Drop, criação de estudantes da universidade DigiPen que garantiu a contratação destes pela Valve para o desenvolvimento de um game inédito baseado no mesmo princípio: Portal.
Outro fator que pesou muito nisto foi a popularização da distribuição digital nos consoles. Jogos vendidos na PlayStation Network, WiiWare e Xbox Live Arcade – valendo notar que esta última também contam com uma área especificamente dedicada aos produtores com a iniciativa Indie Games, que vende jogos de US$1 a US$ 5, passa por fora dos dos órgãos de classificação etária e é gerido pela própria comunidade de game designers associados ao XNA Creators Club… vale notar que até mesmo estúdios estabelecidos, como Arika e Arkedo, também lançam seus jogos lá! – permitiram trazer jogos mais simples, mais baratos e não necessariamente ligados às tendências do que se vê nas prateleiras disputadas a tapa.
Na virada deste mês, vieram à tona duas novas iniciativas para manter este espírito independente unido pela mesma causa – e os dois anúncios vieram em menos de uma semana. A primeira é a Indie Fund, que reúne uma variedade de estúdios indies – que tiveram sucessos como Braid, Flower e World of Goo possibilitados por esta mudança na indústria – em prol de “apoiar o crescimento dos jogos como um meio ao ajudar desenvolvedores independentes a se tornarem financeiramente independentes e continuarem financeiramente independentes” e oferecer um modelo de publicação de jogos diferente do atual. A outra vem do outro lado do Atlântico: no Reino Unido, a iniciativa State of Independence também tem como objetivo apoiar os novos estúdios no processo de captação de recursos, promoção de seus jogos, e como obter o melhor lucro mesmo se com um orçamento apertado.
Outra jogada que achei interessante foi a fundação da Tomorrow Corporation, unindo as forças de integrantes dos estúdios responsáveis por World of Goo e Henry Hatsworth in the Puzzling Adventure… isto é, profissionais da independente 2D Boy e da subdivisão Tiburon da gigante Electronic Arts. Pois é – logo a Tiburon, mais conhecida por seus jogos esportivos, já tinha dado suas cabeçadas em gêneros diferentes como o ação, plataforma e quebra-cabeças.
Voltando à linha Xbox Live Indie Games, pelo menos dois jogos que surgiram como pequenos lançamentos online obtiveram distribuição por companhias externas para o PC: Clover, da Binary Tweed, que foi lançado neste ano em uma versão renovada; e Carneyvale: Showtime, do estúdio cingapurense Team GAMBIT, é o próximo. É o que costumo dizer para quem torce o nariz para os jogos dessa linha XBLIG: há público para todos, mas quem fizer um joguinho mais-ou-menos provavelmente continuará no limbo, e os realmente bons acabam chegando à atenção de todos.
E a lista dos independentes invadindo os consoles e PC continua crescendo: de cabeça e previstos para este ano, temos novas releituras para Cave Story, La-Mulana, Super Meat Boy, Spelunky HD… sem contar as produções totalmente inéditas, como o curioso Fez.
Passando o controle: Tem muito jogo independente legal que poderia ganhar nova versão, como Yume Nikki e Warning Forever… você conhece alguma pérola perdida que podia ganhar nova vida para PC ou consoles?
5-Hit Combo: Mark Dimond (Team 17)
O 5-Hit Combo desta semana conta com a participação de Mark Dimond, game designer da Team 17. Assim como seu colega de trabalho John Dennis, Dimond comentou a fundo cinco clássicos de outrora que mereciam um remake. Dimond ofereceu uma listinha estrelada por armaduras de combate futuristas, bebês pra lá de aloprados, o aprendizado do voo (com uma comparação bem curiosa sobre os jogos da Nintendo, inclusive), um quebra-cabeças de plataforma isométrico e um clássico de estratégia da era 16-bit.
Com vocês, a lista de Dimond!
1) Cybernator (SNES): “Este dava ao jogador uma imensa sensação de poder, pisoteando por aí em uma grande e suja armadura de combate e os gráficos eram lindos para a época. Quando você preenchia por completo o poder, do laser do seu mech ocupava metade da largura da tela… agora isso é que é arma! Grandes chefes, e uma fase onde você lutava enquanto reentrava na atmosfera. Porém, o melhor de tudo era poder esmagar as pessoas com seu pé de metal gigante! (Aparentemente, houve um remake no PS2… mas eu era pobretão, nem me lembro)”.
2) Jack the Nipper (ZX Spectrum): “Este jogo me viciou. Plataforma, música ótima (para o Speccy) e vários puzzles. Eu queria ser Jack the Nipper, talvez fosse pelo lance de vestir fraldas.” [N.E.: Nem brinca. Eu me amarrava nos dois para o MSX, o segundo era divertido demais.]
3) Pilotwings (SNES): “Este jogo deu início à ideia de ‘ilha de atividades esportivas’ que Wii Sports Resort continua hoje. Mas Pilotwings fez isto bem melhor sem todo o balanço do Wii Remote. Então onde está a sequência decente (ignorando aquela meia-boca do N64)? Só de pensar nele me dá vontade de desembalar o para jogar os desafios do Rocket-Pack, e ficar vagando naqueles aneis em Mode 7.”
4) Head Over Heels (ZX Spectrum): “Perdi tantas horas da minha infância com este jogo. Os quebra-cabeças eram demoníacos. Head flutuava depois de um pulo e podia disparar rosquinhas mortíferas, e Heels era um cara rapidinho com um pulo ainda mais alto. O que o tornava brilhante era a maneira como você tinha que usar os atributos únicos a cada carinha para passar de sala a sala, se unindo e separando de novo à medida que os puzzles pediam. Acho que lembro de um dos inimigos parecer o Príncipe Charles?!? Banjo-Kazooie pode ter surrupiado a ideia mais adiante, mas Head Over Heels tinha mais personalidade.”
5) Herzog Zwei (Mega Drive): “Um ETR [estratégia em tempo real] onde o ‘cursor’ na verdade é uma nave de transporte que pode se transformar em um robô e se meter no campo de batalha com seus soldados! Não era bem profundo pelos padrões de hoje, lembro que a inteligência artificial deixava um pouco mais do que a desejar mas isto era metade da diversão, armando uma investida ao construir um exército enorme de tanques e soldados e soltando todos em suas bases e vê-lo se agitando para tentar manter a situação sob controle. E é o dobro da diversão pois você podia jogar o arco da história de duas formas, dependendo de qual lado você escolheu no começo.”
Passando o controle: Vamos lá, fique à vontade para revelar nos comentários que clássicos você gostaria de ver refeitos para os sistemas atuais. 🙂
Gamers adolescentes dos anos 90 chorarão
[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]
Bem, os fãs de jogos de luta ficaram bem felizes quando revelaram a produção de Street Fighter IV. Semana passada, anunciaram que o jogo sai para 360, PS3… e PC, o que fez meu dia porque ainda não tenho os outros consoles. Agora, a covardia suprema foi o comercial de TV para o jogo…
Levando em conta que Street Fighter II é um dos mais icônicos jogos do gênero no começo dos anos 90 — uma fantástica seqüência para um jogo apenas razoável — e que o quarto game da série numerada reunirá o elenco inteiro de SFII… É, Capcom, pode ter certeza de que você fez uma geração de adolescentes dos anos 90 verter uma lágrima com este novo comercial de TV:
[gametrailers 34663]
E como se isso não fosse o suficiente, outro game dos anos 90 que adoro (e que comentei em outro post) está para receber um remake em breve — Final Fantasy IV, o RPG do Super Nintendo — também pintou em um trailer novo, desta vez com a dublagem em Inglês (não que o original tivesse qualquer tipo de voz, mas vocês entenderam…):