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Jigu

o blog de jogos de Pedro Giglio

26/01/2010 | Jigu

Participações especiais nos jogos

Nesta semana, a Capcom anunciou que a edição Xbox 360 de Lost Planet 2 contará com a ilustre presença – se é mediante pagamento de conteúdo extra por download, grátis, bônus de pré-venda ou não, ainda não sei – de Marcus Fenix e Dominic Santiago, a dupla de protagonistas da série Gears of War, na edição para o console da Microsoft. Particularmente, acho divertido ver este tipo de coisa acontecendo; lembram da brincadeira de Primeiro de Abril tornada realidade envolvendo Altaïr, de Assassin’s Creed, em Metal Gear Solid 4? Pois é: era só conseguir um feito específico e bingo – uma fantasia destrancável para o velho Snake.

Assassin's Creed em Metal Gear Solid 4

Misturar personagens de jogos diferentes não é novidade. Claro que existe uma variedade de jogos “cabide de emprego”, como Super Smash Bros. Brawl (que inclui Snake e Sonic — este último, um boato recorrente como personagem escondido no jogo anterior da série) e Dissidia: Final Fantasy (juntando vários heróis e vilões da série numerada do RPG da Square-Enix). No entanto, é curioso quando vemos personagens específicos a sistemas ou empresas diferentes aparecendo como extras… outro jogo “guarda-chuva de mascotes” que está por vir, Sonic & Sega All-Stars Racing, tem os Avatares e a dupla Banjo-Kazooie na versão Xbox 360, Miis selecionáveis no Wii — e duvido muito que os usuários da versão PS3 fiquem de fora da festa, só resta ver o que a produtora está escondendo.

Banjo, Kazooie e Avatar no Sega All-Stars Racing

Na geração passada, um jogo em particular me chamou a atenção em se tratando de usar personagens de séries diferentes para chamar a atenção do público-alvo de cada sistema: Soulcalibur II. O jogo de luta da Namco (é, naquela época ainda não tinha acontecido a fusão com a Bandai) trazia Spawn no Xbox (aproveitando-se da participação do quadrinista Todd McFarlane, que criou o lutador Necrid especificamente para o jogo), Heihachi no PlayStation 2 (acho estranho ter um lutador de mãos limpas em “Soulcalibur”, mas enfim) e Link no GameCube. Só por ter o herói da série “The Legend of Zelda” a versão do GC vendeu cerca de 1,5 milhão de unidades – e olha que o GameCube não era lá dos que mais vendia jogos  multiplataforma…

Soulcalibur II (GC)

Ainda naquela geração, as edições GameCube de NBA Street V3 e SSX on Tour incluíram Mario, Luigi e Peach como personagens jogáveis, somando o basquete e o snowboard às atividades esportivas da famosa série – claro, fruto de um acordo da Nintendo com a EA Sports na época. Aparentemente, todos seus compradores tinham motivos para saírem felizes: quem não tinha o Cube provavelmente não ligava para os personagens extras, e quem o tinha poderia comprá-lo e jogar um pouco com a galera do Reino Cogumelo assim se quisesse.

SSX on Tour (GC)

Esta geração de consoles facilita bastante estas possibilidades – o que também é bom por se tratar de uma época em que a produção de jogos anda tão custosa que muitos jogos saem para várias plataformas… seja dividido entre os consoles de alta definição, seja para o Wii. Material presente no disco ou vendido por download, trazer conteúdo diferenciado entre as versões tem sido um pulo-do-gato por parte das produtoras para agradar as bases de fãs de cada sistema.

Passando o controle: Quais foram seus crossovers favoritos na história dos games, e quais vocês gostariam de ver?

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13/01/2010 | Jigu

Crítica especializada escolhe os melhores de 2009

No finalzinho de dezembro de 2009, o grande Pablo Miyazawa – editor da Rolling Stone Brasil e o homem por trás do blog Gamer.br – fez um censo reunindo 77 profissionais do jornalismo de videogames (eu incluído!), perguntando a cada quais os três melhores jogos do ano…

Um dia depois de apresentar o resultado da mesma votação realizada entre os leitores do site, Miyazawa-sama disponibiliza o resultado dos especialistas no assunto! Dê uma passada lá e veja quem foram os eleitos.

Quais eu escolhi? Ah, só digo que todos os meus estão no top 10. O voto é secreto… né, Pablo? 🙂

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18/11/2009 | Jigu

Brütal Legend: Por amor ao Metal

Brütal Legend: amor ao metal
[a convite do blog Receita do Sucesso]

Na minha tenra infância, eu e um grande amigo do colégio passávamos o tempo de várias formas, né? Além dos estudos (afinal, ninguém é de ferro) a gente fazia o que a idade regia: nos dividíamos entre ver desenhos, jogar videogame, ir à praia, partidas gigantescas de RPG, e por aí vai. Sua irmã mais velha tinha o quarto cheio de pôsteres de bandas de rock da época. Claro, havia a regra não-dita daquele ser o canto dela e a gente não poder entrar… e ainda assim, era bem claro ver bandas como Skid Row, Poison, Trixter e afins olhando para ela toda noite.

Já a gente, não: dos vinis e cassetes que ouvíamos, passamos a ouvir paradas mais pesadas com o tempo… fossem os contemporâneos, como Ministry, Testament e afins, a clássicos como Ozzy Osbourne. E é claro que havia aquela zoação leve com a irmã dele sobre algum vocalista da banda do coração dela parecer uma mulher, os cabelos esvoaçantes, as roupas colantes e tudo mais. Ir às lojas para conferir as camisetas e lançamentos durante o advento do CD era diversão garantida: tínhamos aquelas lojas de coração que costumávamos visitar para garantir nossa dose de rock pesado.

Uns bons vinte anos depois disto, o estúdio Double Fine – do mestre Tim Schafer, que trabalhou em jogos como The Secret of Monkey Island, Grim Fandango e o fantástico (mas infelizmente subestimado) Psychonauts – lança Brütal Legend, um jogo de aventura para Xbox 360 e PlayStation 3 que fez esta avalanche de memórias do começo do texto vir à tona. Afinal de contas, a ideia do jogo é a seguinte: Eddie Riggs – dublado por Jack Black, que também é a inspiração para o visual do personagem – é um roadie de uma banda de rock pra lá de meia-boca, e ele mesmo é um cara tradicional que prefere o rock pesadão e o heavy metal de outras eras.

Depois de um acidente no palco, ele é transportado para um mundo de fantasia totalmente inspirado no imagético do gênero. Sacam aquelas capas de disco de metal, com logotipos difíceis de ler, cores fortes, fogo, sangue, metal e mulheres de pouca roupa? Explorar o mundo do jogo te faz ver tudo isso e muito mais. Sem exagero: o que não faltam são momentos em que você olha uma cena e imagina que aquilo poderia muito bem ter sido a capa de um vinilzão daquele grupo de power metal do início dos anos 80. Monolitos em formato de guitarra, paredões de amplificadores, cruzes de pedra, guerreiros com espadas, caveiras e pilhas de ossos, e por aí vai. E até mesmo o céu tem tons mais avermelhados, roxos e afins – com direito a lua com formato de caveira!

A direção de arte do jogo parece ter sido feita por verdadeiros fãs e estudiosos do metal e rock pesado – afinal de contas, não só o heavy do Black Sabbath como os rockões farofa do Mötley Crüe e paradas sombrias como Cradle of Filth, e o visual das áreas reflete bem isso: a fortaleza do general Lionwhyte (dublado por Rob Halford, do Judas Priest) é espalhafatosa, dourada, cheia de piscinas e coisas chamativas. Mais pra frente, as forças do Drowned Doom – tenebrosas que só – vivem em um mundo com catedrais góticas em ruínas, mares negros… enfim, é uma grande jornada com uma trilha sonora de peso, um verdadeiro tratado sobre o rock pesado.

A jogabilidade em si é em mundo aberto, com missões aqui e ali, e todo aquele esquema de evoluir Eddie e seu equipamento – seja sua guitarra mágica, o machado de guerra ou o carrão pronto para passar por cima de monstros incautos. Mais pra frente, o jogo dá uma mudada considerável – entra um elemento de estratégia em tempo real onde cada facção tem que tomar conta de seu palco (isto é, a base) enquanto cria barracas de venda de material sob fontes de almas dos fãs e forma seu exército. Batedores de cabeça detonam inimigos de perto, as fãs atiram de longe, os roadies (sempre sorrateiros!) são as unidades invisíveis, e por aí vai. Esta modalidade parece estranha no começo, mas mais pra frente fica mais divertido – ainda mais porque o multiplayer via Internet é baseado neste lance das guerras campais.

Como se tudo isso não fosse o suficiente, contar com a participação de figurões do gênero – além do supracitado Halford, o jogo tem Ozzy Osbourne, Lemmy Kilminster (Motörhead) e até mesmo Lita Ford, entre dublagens e personagens inspirados neles – dá aquela credibilidade a mais. É aquilo… quando até mesmo as letras de música de vários artistas homenageados servem de referência direta no meio da trama do jogo, você vê que houve um trabalho de amor ao metal. E mesmo eu, que só tenho prestado atenção nos clássicos e não tenho a paciência que tinha há 20 anos para o material mais recente, me senti tocado pela mão dos Titãs do Metal.

Brütal Legend é o tipo de jogo que todos deveriam conferir, sejam fãs do gênero – tanto de jogo quanto da música – ou não. Então erga seu machado – seja o de cordas ou o de verdade – em nome do Metal!

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27/10/2009 | Jigu

Jogos baratos para videogame não são um mito

[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]

Enquanto eu trabalho daqui de casa, vez por outra pipoca o chat coletivo com os usuários do FinalBoss no MSN. Uma das piadinhas recorrentes quando o assunto é “como comprar jogos originais a um preço decente?” – em oposição a “como comprar jogos originais a preços que não sejam caríssimos?” – é a minha listinha de lojas de confiança na gringa. Já zoei os caras, falando que ia preparar um macro para postar a listinha sempre que perguntassem… Talvez agora eu os indique para este post aqui!

Particularmente, minha favorita é a canadense VideoGamesPlus, que já recomendei antes. A postagem é barata, quase nunca tributam – mesmo porque eles costumam postar a partir de pessoa física – e os preços são condizentes com o mercado. Outras opções bacanas são a eStarland e a CDUniverse (é, eles não vendem música e filmes), mas no caso destas é possível que caia nas graças da tributação aqui, pois as encomendas vêm no nome das lojas… aí já viu: buscar no correio e pagar o valor escolhido pela alfândega para poder retirar sua encomenda.

Também ouço falar muito bem da britânica ShopTo e da asiática HK Offer House; a primeira é em libras, mas se considerarmos que jogos de sistemas como o PlayStation 3, Nintendo DS e PSP não têm bloqueio de região – isto é, jogos comprados em qualquer lugar poderão rodar em qualquer console ou portátil, não importa a região onde foi comprado – eles costumam ter ofertas beeeeem bacanas. Ainda sobre benefícios do region-free, a Play-Asia é outra que costuma realizar boas ofertas – e no caso do Xbox 360, alguns jogos têm todo o conteúdo do ocidente (incluindo os idiomas, né?), há uma tabelinha indicando em que versões do console o jogo roda – e vez por outra a preços ainda mais em conta.

Outra jogada legal é cair dentro dos usados, ainda mais quando vêm em bom estado de conservação… que é o que costumo fazer quando compro na SecondSpin. Não contente em vir relativamente rápido, dificilmente tributam, e ainda por cima eles costumam realizar promoções ocasionais por e-mail e no Twitter. Postagem grátis a partir de certo valor, descontos na quantidade, esse tipo de coisa.

E para fechar a tampa das dicas, o Gamecards 24 x 7 se revelou uma grata surpresa em se tratando de comprar cartões de pontos para os consoles. O preço é bom (pelo menos para o que podemos fazer sem suporte oficial da Xbox Live ou PlayStation Network até agora), e a entrega é imediata no site após o registro.

Portanto, vamos parar com a desculpinha “os jogos estão caros”. É tudo questão de saber onde (e como) comprar. Não tem cartão internacional? De repente você tem um amigo que tenha, e se ele também tiver videogames, passe a bola. Só é bom lembrar de não pedir caixas muito grandes, pois chamam a atenção da galera que tributa… aí, amigos, boa sorte.

[Em um comentário no post original, o leitor Intentor confirmou que a eStarland também envia encomendas como pessoa física a pedido do cliente, assim reduzindo a chance de tributação – além de vir tudo em uma embalagem discreta. Valeu a dica, Intentor!]
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25/11/2008 | Jigu

Vivendo nas entrelinhas

Braid
[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]

Novamente, o bom e velho “garimpo cultural” ao qual já me referi algumas vezes aqui no blog rendeu bons resultados. A mais recente obra a que fui apresentado através de outra fonte foi o livro “As Cidades Invisíveis” (“Le Città Invisibili”), de Italo Calvino. Desta vez o “culpado” é o game designer Jonathan Blow, criador do belíssimo Braid, que tive a oportunidade de entrevistar neste ano.

Italo Calvino

Enquanto o game de Blow tratava de forma lírica e lúdica o inalcançável, o idealismo e a falsa memória, o livro de Calvino retrata de forma poética e com tom de “road trip” os relatos do navegador e comerciante Marco Polo ao imperador asiático Kublai Khan, descrevendo ao regente cidades tão fantásticas e únicas — todas com nomes femininos, alguns mais típicos do que outros — quanto passíveis de dúvida e credibilidade em relação a realidade de cada uma.

A sugestão da orelha do livro, ler com calma cada capítulo, é justificada: por mais que cada uma das 55 cidades apresentadas sejam descritas em cerca de uma a três páginas, as surpresas e interpretações por elas mesmas fazem tal dica valer. Seja a cidade construída pelos homens que tiveram o mesmo sonho de uma bela mulher nua correndo pela rua, passando por outra que tem um fio de felicidade em meio a uma vida aparentemente triste, e chegando a outra construída sobre o mar, assim tendo seus habitantes e ações repetidas em outra perspectiva, há toda uma variedade de cidades interessantes a serem conhecidas.

Servindo de considerações sobre desejo, morte, vida, fronteiras, tempo e memória, as localidades descritas pelo Polo de Calvino são interessantes e estão lá para serem interpretadas e sentidas de formas diferentes por cada leitor… e dão a impressão que uma cidade sozinha também guarda várias facetas por si só.

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18/11/2008 | Jigu

Conferindo a New Xbox Experience

[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]

Sexta-feira passada, quando eu menos esperava, recebi um email da Microsoft: acabei entrando na terceira e última leva da prévia da New Xbox Experience, a nova versão do sistema do Xbox 360. No final de outubro, rolou uma inscrição no site da MS para os interessados tentarem a sorte e conferirem de antemão a novidade. Uma leva foi, e não fui chamado; na segunda, também não… aí eu já tinha deixado para lá, achando que só dia 19. Engano meu 🙂

Enfim, depois de um download considerável, valeu a pena. Os novos avatares são bem engraçadinhos, um meio-termo entre os Miis e o esquema Second Life-esco da PlayStation Home: pois tem mais recursos que os da Nintendo — como roupinhas e acessórios afins — mas não tem a flexibilidade de edição das características como aumentar ou reposicionar orelha, nariz, olhos etc… e de resto, a navegação melhorou a olhos vistos.

Poder pular de qualquer aplicativo para outro sem ter que passar pelos menus, que acaba remetendo a barra Iniciar do Windows, economiza tempo se você quiser sair de um GTA IV da vida para jogar Geometry Wars 2. A navegação geral está bem menos confusa, tudo mais clean e estiloso. Por falar no GTA, instalei-o para o HD — também nova função — para agilizar o carregamento. Bem mais rápido, mas foi esquisito ver uma vez as texturas pipocando no cenário quando acabei de voltar de uma intermissão.. mas o resto compensa que é uma beleza. Outra parada que eu gostaria de testar, mas não sei se me arrisco por minha conexão não ser grande coisa e também envolver acrobacias de cadastro e tal, é a locação online de filmes na Netflix. Quem sabe um dia…

Para quem se inscreveu, a atualização já deve ter sido disponibilizada hoje; senão, é só esperar até amanhã, quando ela será oficialmente liberada a todos os usuários. E eis aí minha versão avatar para vocês rirem um pouco:

Meu avatar na Live!

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01/09/2008 | Jigu

Quem diria: Liberty City me fazendo pensar na vida!

Grand Theft Auto IV de helicóptero

[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]

Sim, eu tenho noção de que minha querida meia dúzia de leitores já deve estar ficando legal dos meus papos sobre videogame — ainda mais agora, que mal tenho tipo livre de ver filmes, seriados, etc… e quando estou em casa, a boa costuma ser jogar mesmo. Tenho andado ocupado com algumas tarefas de grande importância, mas isso fica para outra ocasião…

Estou aproveitando o mês grátis de Xbox Live que veio junto com meu Grand Theft Auto IV, e tem sido bem legal jogar certos jogos online, seja com amigos ou completos desconhecidos no Xbox 360. O negócio é que neste sábado que passou, tive mais um daqueles momentos de choque ao jogar com meus amigos. E tudo começou em Liberty City…

Um grande amigo meu, atualmente residente na Inglaterra, apareceu online e abriu uma sessão privada sem objetivos do GTAIV e me chamou — que bom que finalmente botaram multiplayer de forma oficial no jogo, né? Enfim, nos encontramos e fomos dar uma volta de helicóptero pela cidade… papo vai, papo vem, e outro amigo nosso em comum — também brasileiro, mas morador da Flórida — pipoca online, e o convidamos. pra mesma sessão. Ele entra e pergunta onde estávamos, e respondemos: “maluco, espera aí onde você está, que nós vamos te buscar em grande estilo”.

Descemos o helicóptero, assumi o comando do bicho e fomos os três para nosso tour aéreo de LC. Como eu ainda não cheguei na parte do jogo solo onde se usa o helicóptero — ou não explorei a cidade o suficiente para tal — digamos que o vôo foi repleto de emoções fortíssimas. “CUIDADO COM A CAIXA D’ÁGUA!”, “LEVANTA! LEVANTA!”, e aí por diante 😛 Mas o momento de estarrecimento total veio na hora em que ouvi uma frase no headset:

“Maluco… estou voando de helicóptero sobre uma Nova Iorque de mentira com meus dois amigos!”

É nessas horas que eu paro e penso em como, ao mesmo tempo, o mundo se tornou maior e menor. Afinal de contas, eram três amigos cariocas em fusos, países, hemisférios diferentes…. sobrevoando uma metrópole virtual e sem fronteiras, conversando como se estivessem todos por perto. Tudo bem que ambientes virtuais estão longe pacas de ser uma novidade — afinal de contas, temos aí o Second Life como um bom exemplo disso — mas foi tão potente ter essa sacação em uma recriação, obviamente com licenças poéticas, de uma cidade real…

… enquanto isso, em 1985, chibi-Giglio ouviria este relato feito por mim — saído da máquina do tempo — e provavelmente responderia algo nos moldes de “é ródi, hein? Isso só em filme ou na Sessão Aventura”, e ele voltaria a ver o VHS dos Caça-Fantasmas comendo Zambinos.

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21/08/2008 | Jigu

Geometry Wars 2 fez de mim um monstro

[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]

Na época em que começaram a confirmar os preços dos consoles da geração atual, o elevado valor do PlayStation 3 fez com que a Microsoft comentasse que “com o dinheiro de um PS3, o jogador pode comprar um 360 e um Wii e ter o melhor de dois mundos” ou algo do gênero. Isto rendeu um sem-fim de piadinhas e o infame trocadilho “Wii60” (que em Inglês rima, né?), uma avalanche de montagens em PhotoShop, zoações de todos os lados presentes nesta batalha — sinceramente, quem ganha são os jogadores, e eu naturalmente me incluo nisso.

Desde esta época, pesando os jogos exclusivos a cada sistema e seus respectivos preços, eu pensei em aderir à onda Wii60. Comecei comprando o Wii em seu lançamento…. e agora, anos depois, finalmente estou com o 360 em casa. Calhou de sair junto com uma batelada de jogos que eu queria, como Too Human (que anda dividindo opiniões da imprensa depois de uma enorme novela envolvendo a troca do engine usado no jogo, as promessas grandiloquentes do presidente da produtora Silicon Knights, e todo o hype que é absolutamente impossível de ser cumprido devido ao jogo estar em conceito desde 1998). Sei que enquanto a edição brasileira de Too Human não sai, estou me divertindo com Grand Theft Auto IV e Soulcalibur IV

Geometry Wars 2

No entanto, há uma história sombria sob esta superfície de diversão gamer: Geometry Wars: Retro Evolved 2, seqüência ao game que já recomendei por aqui faz tempo, também saiu. E com o esquema de tabela de recordes da Xbox Live, eu estou num frenesi desgraçado — porém amigável — de ultrapassar os recordes dos meus amigos. Chego em casa, vejo a lista e penso “aê, ninguém me passou” — ou mais usualmente “DESGRAÇADO! ME PASSOU!” e tento jogar para ultrapassá-lo. Todo santo dia.

Eu nunca me achei um cara competitivo — estou nessa pela diversão! — mas cara, que vício dos infernos. O que eu faço? Quem tiver um Xbox 360 e quiser fazer parte da loucura, é só me adicionar na Live:

Como é de se esperar, o Gamercard também vai ficar aqui no layout da página e na minha página de contatos de jogos. GAME ON!

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06/08/2008 | Jigu

Braid: O tempo é uma ilusão

Braid (XBLA

[Originalmente publicado no site FinalBoss]

Uma das discussões intermináveis que vemos na indústria e imprensa dos jogos eletrônicos revolve em torno da manjadíssima pergunta ”games são arte?”. Papo vai, papo vem, e a coisa acaba se dividindo em facções diferentes: aqueles que acham que qualquer tipo de jogo é arte – afinal, reúne imagem, música, movimento etc… – e outros que acreditam que somente aqueles títulos que ultrapassam a barreira do entretenimento puro, evocando emoções (seja de simpatia ou repúdio) e fazendo pensar merecem tal definição… assim como acontece com qualquer obra de arte: para uns, a fotografia A Fonte de Marcel Duchamp – um mictório! – tem tanto valor quanto a Mona Lisa de Leonardo da Vinci – para outros, isto é absolutamente impensável. O negócio é que qualificar qualquer coisa como arte é algo muito, muito subjetivo; posto isto, de vez em quando aparecem certas obras que acabam causando uma impressão tão chocante — e inesperada! — que não dá para imaginar outra definição que não ”isto é arte”. Braid, criado por Jonathan Blow e seu estúdio Number None para a Xbox Live Arcade, é um destes casos.

(more…)

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01/06/2008 | Jigu

Gamers adolescentes dos anos 90 chorarão

[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]

Bem, os fãs de jogos de luta ficaram bem felizes quando revelaram a produção de Street Fighter IV. Semana passada, anunciaram que o jogo sai para 360, PS3… e PC, o que fez meu dia porque ainda não tenho os outros consoles. Agora, a covardia suprema foi o comercial de TV para o jogo…

Levando em conta que Street Fighter II é um dos mais icônicos jogos do gênero no começo dos anos 90 — uma fantástica seqüência para um jogo apenas razoável — e que o quarto game da série numerada reunirá o elenco inteiro de SFII… É, Capcom, pode ter certeza de que você fez uma geração de adolescentes dos anos 90 verter uma lágrima com este novo comercial de TV:

[gametrailers 34663]

E como se isso não fosse o suficiente, outro game dos anos 90 que adoro (e que comentei em outro post) está para receber um remake em breve — Final Fantasy IV, o RPG do Super Nintendo — também pintou em um trailer novo, desta vez com a dublagem em Inglês (não que o original tivesse qualquer tipo de voz, mas vocês entenderam…):

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