Kinect chega esta semana ao Brasil, hein
Quarta-feira passada, jogadores brasileiros do Xbox 360 finalmente foram apresentados ao serviço online Xbox Live, que passou a ter representação e suporte no país. Foi uma espera longa, se considerarmos que o console da Microsoft foi lançado aqui em dezembro de 2006 – e que a Live existe desde 2002. Ainda bem que a empresa de Redmond acelerou o passo no lançamento de suas mais recentes novidades, trazendo o Kinect às lojas brasileiras na próxima quinta-feira, dia 18, ao preço sugerido de R$ 599. Isto é, apenas duas semanas depois de seu lançamento nos EUA.
Como avisado antes, tinha pelo menos mais duas matérias minhas por sair no Globo. A primeira é esta, que vocês podem ver no caderno de Economia na Digital & Mídia de hoje… ou na versão online, como preferirem.
Passando o controle: Agora os três consoles têm suas respectivas soluções de captura de movimento. Em qual você mais bota fé: Kinect, Move ou Remote Plus? E por quê?
Arena Turbo: here we go!
O mistério acabou, galera: agora faço parte da equipe do Arena Turbo, o canal de games do iG. Começando nesta semana, escreverei análises, críticas e outras paradas (vocês verão) sobre jogos para computadores, consoles e portáteis. 🙂 Devo frisar que foi uma grande honra ser convidado para esta nova era do Arena, que conta com uma galera que já conheço há tempos – Bagaço, Teixeirão, BeGod, Miyazawa-sama, estamos aí! – e outros que conheço há menos (e nem por isso menos importantes), como Rique Sampaio, Caio Corraini e Douglas Pereira… de qualquer forma, prazerzaço fazer parte dessa equipe.
Assim que pipocar minha estreia por lá, aviso aqui. E lá vamos nós para a nova aventura!
Despedidas e reencontros
Pois é: como uma galera já sabe, a Revista Digital do jornal O Globo – para a qual fui chamado em maio de 2010 – foi absorvida pela editoria de Economia, virando uma página dupla às segundas-feiras, e no mínimo simples e com espaço garantido nos dias seguintes. A equipe inteira do suplemento – sem exceções – foi mantida para a nova seção chamada Digital & Mídia… mesmo porque a ideia é dar continuidade aos tipos de matéria abordados pela revista em publicações ao estilo do que era publicado na revista, mas agora diariamente.
No entanto, é hora de encarar uma nova missão, e minha passagem pelo Globo tem fim hoje. Mais duas matérias minhas estão por sair em novembro – e vocês também saberão por aqui – mas, no mais, é isso aí. (Quanto ao Arcadia, em breve darei uma posição do que acontecerá com ele.)
Foi uma chance incrível trabalhar com figuras como Nelson Vasconcelos (reza a lenda que é o avatar da Madre Teresa), CAT (se há uma definição para “gigante gentil” – não é aquela banda de progressivo – é ele), André Machado (que aprecia o bom e velho rock ‘n roll, mas na humildade) e meu padrinho Eduardo Almeida (nosso correspondente especial em Azeroth). Sem contar, é claro, a sempre simpática Cora Rónai e o mestre da ilustração, Cruz, que desenhou duas capas de matérias minhas sobre games. Enfim, tenho motivos de sobra para me sentir honrado de participar.
Agora é hora de enfrentar outros desafios – mesmo que sejam bem familiares – e usar novos chavões para preencher meus textos do blog. Mas aí vocês devem estar se perguntando que novas aventuras são essas… bem, tudo o que posso dizer é “Fiquem ligados neste espaço”… 🙂
Passando o controle: Ok, chutem aí: qual é a nova empreitada? Vocês têm até a manhã de segunda-feira para adivinharem.
Fim de ano sempre chega mais cedo pros gamemaníacos
Se outubro já foi um mês bastante animado para os fãs de videogame – incluindo jogos como “Fallout: New Vegas”, que arrecadou US$ 300 milhões nas lojas e vendas por download, e outras sequências aguardadas como “Rock Band 3” e “Star Wars: The Force Unleashed II” – a reta final de 2010 não será diferente. Nos EUA, os lançamentos de peso se concentram em novembro devido ao feriado de Ação de Graças, que por lá é bastante comemorado. É a hora que os gamemaníacos daqui também começam a se movimentar.
Minha primeira matéria na Digital & Mídia, subseção da Economia e nova encarnação diária da Revista Digital do Globo, está nas bancas e no site – que também tem vídeos e uma fotogaleria dos jogos de maior destaque de hoje em até o fim do ano. Vai lá!
Passando o controle: Digamos que você tenha dinheiro para comprar três jogos a serem lançados no último trimestre. Quais você leva pra casa?
BlizzCon 2010 na Revista Digital
Eduardo Ibarra, 21 anos, está sentado do lado de fora do Anaheim Convention Center numa noite de quinta-feira. Munido de um tocador de MP3 e meia garrafa de refrigerante, ele ficará lá madrugada adentro para ser um dos primeiros a entrar. No dia seguinte, uma mulher recebe uma proposta de casamento em frente a uma réplica de um trono de gelo, com direito a uma plateia animadíssima com a cena. Uma jovem revela que passou seis meses preparando a fantasia da personagem para estes dois dias, posando para fotos e vídeos. Até mesmo um brasileiro, vestido com uma camiseta com as cores da seleção e um chapéu de pirata, perambula pelo local com sacolas de produtos e brindes…
É isso aí: fui à BlizzCon 2010, e eis aí minha matéria na Digital com uma geral sobre o evento que reúne os fãs de StarCraft, World of Warcraft e Diablo todo ano… a versão online tá aqui.
Dose dupla de Angry Birds na Digital
“Oi, meu nome é Tiago e eu estou há 12 horas sem jogar ‘Angry Birds'”. Há cerca de um mês e meio, o apresentador Tiago Leifert instalou este jogo em seu iPad. Desde então, o game foi tema de várias mensagens dele no Twitter, atiçando a curiosidade de seus seguidores e merecendo a hashtag #angrybirdsanonimos. E cada vez mais gente tem aderido à mania dos pássaros bravos.
Eu sabia que o meu vício em Angry Birds (tá, não é só isso, mas vá lá) daria nisso: uma matéria sobre o jogo de sucesso da Rovio na Digital e um papo o pessoal do estúdio em questão. Qwak!
Upgrade Complete: Hora da melhoria
[post originalmente publicado no Kenner Blog]
De tempos em tempos, os fãs de jogos de computador precisam desembolsar aquela grana para deixar seu micro mais potente, e assim rodar os novos títulos do mercado. É placa de vídeo, processador, mais memória… em compensação, que beleza quando isto acontece. Aquele joguinho que rodava mal pacas agora está bonito, agradável aos olhos, e rodando sem engasgos. E quanto aos jogos em Flash? Bem… não é a mesma coisa, mas Upgrade Complete! brinca com isso.
Neste jogo de nave, o jogador precisa usar o dinheiro virtual para comprar… bem, tudo: tela de abertura, barra de carregamento, tela de fundo. Você começa com o mais básico do básico e vai comprando os elementos do jogo com a grana – sem contar, é claro, as melhorias na sua nave. Pronto para abrir a carteira?
por Pedro Giglio
– impulso consumista ou necessidade? Você decide
Super Meat Boy: Moleque picanha!
[post originalmente publicado no Arcadia]
A popularidade dos jogos em Flash cresceu e moldou o panorama dos jogos via web. Sites como o Newgrounds e Kongregate abrigam verdadeiras pérolas de jogabilidade; no passado, jogos como “Alien Hominid” e “N” convenceram tanto que foram adaptados para consoles. Outro que teve origem nos navegadores e acaba de ganhar uma recriação de luxo é “Meat Boy”, um jogo de plataforma insanamente difícil, que nem títulos da era Nintendinho como “Mega Man 2” e “Contra” (quero ver zerar direito sem usar o macete de trinta vidas…). Eis que o Team Meat – composto pela dupla Edmund McMillen e Tommy Refenes – finalmente lança “Super Meat Boy”, que é mais um daqueles títulos que põe a habilidade e dedicação do jogador à prova.
A trama é simples como as dos clássicos dos anos 80: Meat Boy gosta da Bandage Girl, que é capturada pelo mal-humorado Dr. Fetus. E o resto se resume a passar por cenários progressivamente mais difíceis e cheios de armadilhas, poços sem fundo, inimigos…. e mortes, muitas mortes. Mortes até onde seus olhos podem ver. Serras elétricas, montanhas de agulhas e seringas, poços de líquido corrosivo, cachoeiras de sal, lançadores de mísseis, raios laser… tudo no esquema “tocou, dançou”. E tudo com aquela simplicidade das antigas, precisando apenas de um botão de pulo e outro de corrida, tal qual “Super Mario Bros.”. Cada época tem o “SMB” que merece, não é?
Plataforma Concentrada: “Super Meat Boy” é um jogo de plataforma em seu estado mais puro: basta andar, correr, saltar e quicar de uma parede para outra. O design de fase é cruel, mas jamais insolúvel; se tanto, dá aquela sensação de alívio e realização quando é resolvida. Outros fatores levam o jogador a revisitar as fases como tentar obter a classificação “A+” ao resolvê-la em um tempo estipulado… isto sem contar as versões “Dark World”, que são a versões muito mais ameaçadoras de cada fase.
Rodízio de Desafios: Além dos desafios acima, o jogo ainda tem as “warp zones” que levam o jogador a desafios retrô. Simplificando os gráficos e o som para algo como os consoles e portáteis das antigas – às vezes lembrando o Game Boy Advance – estes têm limite de vidas por fase…. isto é, se perder todas, só recomeçando. Estas também contam para a busca aos curativos escondidos nas fases, que são um desafio extra e que levam ao próximo tópico…
Cabide de Emprego: Coletar os curativos bônus de cada fase – e cumprir alguns níveis especiais – destranca uma variedade de personagens de outras produtoras independentes. CommanderVideo (série “Bit.Trip”), Tim (“Braid”), Gish (do jogo homônimo, também criação de McMillen) e tantos outros passam a ser selecionáveis, cada qual com habilidades especiais. CommanderVideo é mais lento, mas flutua no meio do pulo; Tim manipula o tempo, e por aí vai. Além de celebrar esta galera que criou tantos jogos pelo amor à camisa, também serve tanto para variar um pouco a jogabilidade quanto para cumprir certas fases com mais facilidade.
Arremesso de Controle: Se você é um daqueles que se irrita por não conseguir passar de determinada fase, prepare-se para encarar um mundo de dor em “SMB”. O jogo é estupidamente difícil, e enquanto alguns são atraídos ao jogo por este mesmo motivo, outros mais impacientes poderão se frustrar um bocado. (Felizmente, caio no primeiro exemplo, mas aí sua milhagem pode variar).
Por um lado, não dá para dizer que “Super Meat Boy” é uma das surpresas do ano, porque se o original em Flash já era fantástico, as chances desta recriação superexpandida ficar ruim eram baixíssimas. Em vez disto, o jogo surpreende em outros aspectos, como sua execução bacana – o visual é simples e atraente, e a trilha sonora gruda no ouvido -, a quantidade enorme de fases (toda Normal tem sua Dark), as referências divertidas aos jogos e sistemas clássicos – intermissões que parodiam “Street Fighter II” e “Castlevania”, audiovisual estilo GBA nas fases retrô, e por aí vai. Mesmo se você for um daqueles jogadores impacientes que quer jogar o controle pela janela porque travou em tal fase, saiba que “Super Meat Boy” é um jogo fantástico, e que nos lembra porque começamos a gostar tanto de jogos.
“Super Meat Boy” será lançado na próxima quarta-feira (20) no Mercado Xbox Live – e com um desconto de 33% até novembro, custando 800 Microsoft Points até lá – e posteriormente para WiiWare e PC. Recomendado para jogadores de 13 anos ou mais.
Los 33: mineiros do Chile, agora em Flash
[post originalmente publicado no Kenner Blog]
Na semana passada, o mundo se emocionou com o resgate dos 33 mineiros soterrados em Copiapó, Chile. O arrojado esquema de perfuração de um túnel atravessado para o transporte de uma cápsula que ia e voltava da superfície à mina inacessível impressionou… e é claro que alguém tinha que fazer um joguinho em Flash baseado no drama, não é? O pessoal não perde tempo…
Em Los 33, basta manter o botão do mouse pressionado e mexer cima da roda na tela e girá-la para descer a cápsula e clicar tanto na hora de embarcar quanto desembarcar cada um dos trinta e três mineiros. E ainda por cima, o nome, profissão e idade de cada um deles é mostrado na tela, assim como a ordem de resgate.
por Pedro Giglio
– esses caras, sim, eram underground
Shantae: Risky’s Revenge: Ainda com suíngue
[post originalmente publicado no Arcadia]
Assim como certos artistas, algumas pérolas do mundo dos videogames só são valorizadas de verdade quando é tarde demais. Um título para Game Boy Color – sistema que eu praticamente não joguei, pulei do GB original para o Advance – que teve todo um séquito underground de fãs era “Shantae”, distribuído pela Capcom. Quem olhava a capa poderia achar que era mais um jogo bobo, no esquema “shovelware” – mas quem o jogou viu que a parada não era bem assim. Tanto é que essa galera ficou amargando a espera da volta da personagem.
A companhia que desenvolveu do jogo original, a WayForward, ganhou mais evidência nos últimos anos. Graças a jogos como “Contra 4”, “Mighty Flip Champs!” e “A Boy and His Blob” – respectivamente para DS, DSiWare e Wii – o trabalho dos caras passou a chamar a atenção, independente de ser uma série original ou baseado em alguma licença externa. E agora, oito anos depois, a sacolejante e espevitada geninha volta em grande estilo no DSiWare em “Shantae: Risky’s Revenge”. E sim, vale cada centavo da compra: a aventura onde a pirata Risky Boots rouba uma misteriosa lâmpada mágica e certamente tem planos escusos diverte que é uma beleza.
Paraíso dos Exploradores: O formato “Metroidvania” garante que o jogador revisite as localidades de Sequin Land. Além das transformações da heroína (que com suas dancinhas rebolativas vira mico, elefante e sereia), ataques e habilidades especiais para cada uma destas levam a revisitar áreas inacessíveis e caçar itens. Para os mais tradicionais, o uso da tela de toque é econômico: ver mapa, itens e escolher as magias.
Mestres do Pixel Art: A WayForward entende do traçado quando o assunto é desenho e animação 2D. A fluidez da animação (sério, galera, as dancinhas), o detalhamento dos personagens e cenários coloridos e bonitos não devem nada a jogos de DS vendidos em lojas. E ainda por cima, tem um esquema bem interessante de camadas de cenário diferentes, no qual você pula para dentro ou fora da tela. Um colírio.
Obrigado, Volte Sempre: A campanha principal é bem robusta para um jogo por download (umas 5 ou 6 horas sem se dedicar muito à caça às jarrinhas de geleia para comprar os ataques especiais). Ainda assim, há o desafio dos speed runs, a torre de batalha… e brindes destrancáveis para quem tem o outro jogo deles – e seu desempenho nele afeta quais extras são dados…
Etiqueta de Preço Assustadora: Talvez o maior contra deste jogo (e isto quer dizer muita coisa a favor da sua qualidade) é seu preço elevado para os padrōes DSiWare. É o jogo mais caro do serviço – mas ô se vale o preço do ingresso – ainda que isso possa afugentar os mais desavisados.
“Shantae: Risky’s Revenge” é um daqueles jogos que faz valer a compra do DSi (ou do 3DS, caso você seja paciente o suficiente para esperá-lo). A espera foi grande para os fãs das antigas, mas isso não quer dizer que os demais jogadores não se divertirão. A execução é cuidadosa, e a jogabilidade redondinha pra quem curte “Metroid” e” Castlevania”. E a heroína ainda dança que é uma beleza, heheh. Mesmo que seja o jogo mais caro do DSiWare, compre sem medo.
Exclusivo ao Nintendo DSi, “Shantae: Risky’s Revenge” é vendido por download na DSi Shop Channel e é recomendado para jogadores de mais de 10 anos.










