A ascensão dos indie games
À medida que a tecnologia empregada na criação de videogames se torna mais complexa, os custos de produção dos jogos tendem a se tornarem mais elevados. Uma prova disto está no aumento do preço final ao consumidor: enquanto os títulos de Xbox 360 e PlayStation 3 costumam ter o preço sugerido de US$ 60 no varejo, os jogos para o Wii – que roda seus jogos em definição aprimorada (EDTV) com resolução 480p – continuam na faixa dos US$ 50.
Infelizmente, nem todo estúdio tem bala na agulha para bancar um projeto do calibre de um God of War III, que custou US$ 44 milhões à Sony – ainda mais aqueles que ainda ficam à procura de distribuidoras novas, levando portas na cara até conseguirem; felizmente, nem toda produtora está restrita a criar projetos multimilionários, assim como as novas maneiras de oferecer jogos as ajudaram neste objetivo.
Não é de hoje que joguinhos grátis e independentes têm chamado a atenção das companhias maiores. Alguns exemplos relativamente recentes disto são Every Extend Extra Extreme, Blast Works e flOw. Os três games em questão são releituras de jogos freeware (no caso, Every Extend – que já tinha sido revisitado no PSP -, Tumiki Fighters e, hã, flOw) que acabaram tendo sua chance ao sol por capturar a atenção da Q Entertainment, Majesco e Sony. Fosse por distribuição em disco ou por download, o trabalho de desenvolvedores menores foi reconhecido. Outro exemplo que passa perto disto mas se revelou mais elaborado foi Narbacular Drop, criação de estudantes da universidade DigiPen que garantiu a contratação destes pela Valve para o desenvolvimento de um game inédito baseado no mesmo princípio: Portal.
Outro fator que pesou muito nisto foi a popularização da distribuição digital nos consoles. Jogos vendidos na PlayStation Network, WiiWare e Xbox Live Arcade – valendo notar que esta última também contam com uma área especificamente dedicada aos produtores com a iniciativa Indie Games, que vende jogos de US$1 a US$ 5, passa por fora dos dos órgãos de classificação etária e é gerido pela própria comunidade de game designers associados ao XNA Creators Club… vale notar que até mesmo estúdios estabelecidos, como Arika e Arkedo, também lançam seus jogos lá! – permitiram trazer jogos mais simples, mais baratos e não necessariamente ligados às tendências do que se vê nas prateleiras disputadas a tapa.
Na virada deste mês, vieram à tona duas novas iniciativas para manter este espírito independente unido pela mesma causa – e os dois anúncios vieram em menos de uma semana. A primeira é a Indie Fund, que reúne uma variedade de estúdios indies – que tiveram sucessos como Braid, Flower e World of Goo possibilitados por esta mudança na indústria – em prol de “apoiar o crescimento dos jogos como um meio ao ajudar desenvolvedores independentes a se tornarem financeiramente independentes e continuarem financeiramente independentes” e oferecer um modelo de publicação de jogos diferente do atual. A outra vem do outro lado do Atlântico: no Reino Unido, a iniciativa State of Independence também tem como objetivo apoiar os novos estúdios no processo de captação de recursos, promoção de seus jogos, e como obter o melhor lucro mesmo se com um orçamento apertado.
Outra jogada que achei interessante foi a fundação da Tomorrow Corporation, unindo as forças de integrantes dos estúdios responsáveis por World of Goo e Henry Hatsworth in the Puzzling Adventure… isto é, profissionais da independente 2D Boy e da subdivisão Tiburon da gigante Electronic Arts. Pois é – logo a Tiburon, mais conhecida por seus jogos esportivos, já tinha dado suas cabeçadas em gêneros diferentes como o ação, plataforma e quebra-cabeças.
Voltando à linha Xbox Live Indie Games, pelo menos dois jogos que surgiram como pequenos lançamentos online obtiveram distribuição por companhias externas para o PC: Clover, da Binary Tweed, que foi lançado neste ano em uma versão renovada; e Carneyvale: Showtime, do estúdio cingapurense Team GAMBIT, é o próximo. É o que costumo dizer para quem torce o nariz para os jogos dessa linha XBLIG: há público para todos, mas quem fizer um joguinho mais-ou-menos provavelmente continuará no limbo, e os realmente bons acabam chegando à atenção de todos.
E a lista dos independentes invadindo os consoles e PC continua crescendo: de cabeça e previstos para este ano, temos novas releituras para Cave Story, La-Mulana, Super Meat Boy, Spelunky HD… sem contar as produções totalmente inéditas, como o curioso Fez.
Passando o controle: Tem muito jogo independente legal que poderia ganhar nova versão, como Yume Nikki e Warning Forever… você conhece alguma pérola perdida que podia ganhar nova vida para PC ou consoles?
Entrevistei o gerente de design da Team 17…
Minha entrevista com John Dennis, gerente de design do estúdio britânico Team 17 – mais de vinte anos de carreira e ainda independentes – foi ao ar no FinalBoss:
Lá em 1995, vocês lançaram o primeiro “Worms”. Vocês esperavam que se tornasse um sucesso tão perene? Na sua opinião, quais os elementos que o tornaram popular a longo prazo?
Bem, as vendas do jogo [“Worms”] se aproximam dos 20 milhões desde sua criação, e eu não acho que ninguém poderia prever isso. Claramente há algo nele que as pessoas gostam: o senso de humor, o multiplayer social, a violência de história em quadrinhos, as mecânicas de fácil compreensão, o fato que é um jogo fácil de jogar e difícil de dominar. Todas estas coisas são importantes, mas também há uma mágica… algo que eu não acho que alguém realmente consiga apontar. Algo que permitiu que ele continuasse a se espalhar e achar novos fãs. Se você pudesse engarrafar isto e somá-lo a qualquer outro jogo você estaria feito.
Leia a entrevista na íntegra no FB.
Passando o controle: Worms, Alien Breed, Body Blows… Qual o seu jogo favorito da Team 17?
Salomé, você me deixou sem palavras
Um dos filmes que mais me intrigaram nos últimos anos foi “Adaptação”. O que era para ser uma adaptação (heh heh) para a telona do livro “O Ladrão de Orquídeas” acabou se tornando um longa-metragem mostrando a dificuldade do roteirista em adaptá-lo e o bloqueio de escritor, em um exemplo bem inesperado de metalinguagem… e por muito tempo, guardei uma sensação bem estranha e parecida por conta de Fatale, produção da Tale of Tales para o PC e o Mac.
O casal Auriea Harvey e Michaël Samyn – que eu tive a oportunidade de entrevistar na época do lançamento de The Path, um “jogo de arte” (aspas por conta dos críticos ao trabalho deles) bem sombrio que se inspirou nas versões mais antigas do conto Chapeuzinho Vermelho – criou esta pequena obra interativa inspirada em Salomé. Esta figura bíblica, conhecida por sua sensualidade, foi manipulada por sua mãe – a rainha Herodias – para que que pedisse a cabeça de São João Batista ao seu padrasto, o rei Herodes, em troca de uma dança em seu aniversário.
A produção da dupla Harvey-Samyn é dividida em duas partes: a primeira é ambientada em uma cisterna sob o pátio do castelo, onde João está preso enquanto Salomé – vista poucas vezes por uma grade no teto do calabouço – realiza sua dança. É possível ouvir a música, e a cada um dos sete véus que cai, uma passagem de texto é disposta em pleno ar. Após o fim da dança, João é morto.
Depois disto, a sequência jogável apresenta, em primeira pessoa, seu espírito flutuando pelo cenário, e o jogador vai explorando-o vagamente (ouvindo os pensamentos das pessoas que estavam lá presentes na hora) até sacar o que tem que ser feito com as velas do ambiente. Vá lá, tem vários elementos anacrônicos no lugar – para citar um exemplo, tem um amplificador de guitarra – e o que eles significam fica a critério de quem joga. Depois disto resolvido, o dia nasce e o jogo termina. (na próxima execução, é possível ver a dança de Salomé pelos olhos do rei Herodes).
“Fatale” foi criado em conjunto com alguns parceiros de antes (incluindo músico, coreógrafa e tudo mais), e contou com Takayoshi Sato – modelador de personagem de Silent Hill 3 – para a modelagem e texturização da bela dançarina. O lançamento foi em 5 de outubro de 2009, comemorando o septuagésimo-oitavo aniverário da primeira apresentação de “Salomé” – no caso, a peça de Oscar Wilde inspirada na história em questão – nos palcos britânicos, após anos de proibição.
O negócio é que ficou difícil analisar “Fatale” como um jogo propriamente dito, porque em termos práticos, ele não o é. Sim, a interface remete aos videogames, você usa o mouse para explorar o cenário e interagir com as luzes que se apagam à medida que a noite após a dança de Salomé termina… mas este é o tipo de produção que deixa o aspecto “jogo” de lado. Talvez a impressão causada por “The Path” (este, sim, consegui analisar!) tenha dificultado o processo. Curiosamente, ontem mesmo o colunista Jim Sterling publicou um artigo no Destructoid, citando este como “um jogo indie que se comporta como um jogo indie”, “sacrificando a diversão em função da pretensão” ou algo bem próximo disso.
Tenho a impressão de que certas produções deveriam deixar mais claro aos espectadores que não se tratam de jogos propriamente ditos, apesar da mídia usada ser a mesma. Foi o que foi feito no caso de “Fatale”, mas não muito no de “The Path”. Sinceramente, não vejo isto como algo negativo… mesmo porque é aquilo, né: qualificar o que é arte, boa ou ruim, é algo subjetivo demais. Pessoas têm reações diferentes a cada obra – seja repulsa, amor ou seja lá o que for.
Traçando aqui um paralelo bem simples, pense nos livros. Alguns servem simplesmente para a leitura – você lê a história e acabou – e outros promovem interações (lembram da série “Enrola & Desenrola”, que oferecia bifurcações na história mandando o leitor virar para tal página dependendo de sua decisão?). No entanto, seria uma imbecilidade criticar um “A Cidadela do Caos” por não oferecer uma experiência igual a, sei lá, “1984” – ou mesmo “O Senhor dos Anéis”, para me manter no tema “fantasia medieval”.
De qualquer forma, é bom que estes tipos de instalações / vinhetas / obras interativas existam. Ver o meio dos games usado para outros fins pode ser interessante – mas é bom que o espectador saiba onde está pisando. Não faz sentido algum reclamar sobre algo não ser o que, de fato, não é.
Passando o controle: Pensando em jogos propriamente ditos (os mais tradicionais!), quais foram os que mais te tocaram enquanto arte, e por qual razão?
Girando o plano: o entrevistado fui eu!
[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]
Como alguns de vocês já sabem, eu sou redator de um site de games, e trabalho nesta área desde 2004 (o que é bom, porque eu já gosto do assunto desde pelo menos 1985). Jogar as novidades – boas ou ruins, naturalmente – e cobrir as notícias todo dia é o que ocupa boa parte do meu dia… e parte disto envolve a prospecção destas informações em outros sites, e grande parte deles compartilha de um aspecto em comum: suas comunidades virtuais.
Seja em formato de fórum, seção de comentários, listas de discussão e afins, uma verdadeira legião de fãs de jogos expõem suas opiniões, batem boca e defendem seu console do coração – infelizmente, às vezes tendo que recorrer a argumentos desmerecendo o trabalho das rivais… mas sabe como é, este tipo de coisa que acontece em praticamente todo meio: futebol, política, música, cinema, literatura, e a lista segue – com uma paixão invejável. Eu mesmo participei (e ainda participo um bocado) de muitas destas, oferecendo a minha impressão das coisas e trocando ideias com a galera.
A galera que acessa o FinalBoss não é exceção. Um dos leitores do site, o Evandro “Boêmio”, começou a realizar entrevistas via Internet com leitores do site – e qual não foi minha surpresa quando ele perguntou se eu gostaria de participar. Claro que aceitei, né? Afinal de contas, eu sempre curti bastante esta dinâmica da comunicação online, né – e enquanto emito minha própria opinião, e não a do site com o qual colaboro, acho legal que eles saibam um pouco mais sobre aqueles que trabalham para trazerem notícias a leitores que, assim como eles, sempre ficam à par das novidades.
Confiram a entrevista animada em três partes a seguir – onde comento o começo da minha carreira, os sistemas da atualidade, a sempre difícil lista dos cinco favoritos, esse tipo de coisa – e se você não faz ideia do que algumas expressões e citações presentes signifiquem, fica a dica de visitar a notinha sobre a entrevista no site, ou o minifórum particular do Boêmio.
Vivendo nas entrelinhas
[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]
Novamente, o bom e velho “garimpo cultural” ao qual já me referi algumas vezes aqui no blog rendeu bons resultados. A mais recente obra a que fui apresentado através de outra fonte foi o livro “As Cidades Invisíveis” (“Le Città Invisibili”), de Italo Calvino. Desta vez o “culpado” é o game designer Jonathan Blow, criador do belíssimo Braid, que tive a oportunidade de entrevistar neste ano.
Enquanto o game de Blow tratava de forma lírica e lúdica o inalcançável, o idealismo e a falsa memória, o livro de Calvino retrata de forma poética e com tom de “road trip” os relatos do navegador e comerciante Marco Polo ao imperador asiático Kublai Khan, descrevendo ao regente cidades tão fantásticas e únicas — todas com nomes femininos, alguns mais típicos do que outros — quanto passíveis de dúvida e credibilidade em relação a realidade de cada uma.
A sugestão da orelha do livro, ler com calma cada capítulo, é justificada: por mais que cada uma das 55 cidades apresentadas sejam descritas em cerca de uma a três páginas, as surpresas e interpretações por elas mesmas fazem tal dica valer. Seja a cidade construída pelos homens que tiveram o mesmo sonho de uma bela mulher nua correndo pela rua, passando por outra que tem um fio de felicidade em meio a uma vida aparentemente triste, e chegando a outra construída sobre o mar, assim tendo seus habitantes e ações repetidas em outra perspectiva, há toda uma variedade de cidades interessantes a serem conhecidas.
Servindo de considerações sobre desejo, morte, vida, fronteiras, tempo e memória, as localidades descritas pelo Polo de Calvino são interessantes e estão lá para serem interpretadas e sentidas de formas diferentes por cada leitor… e dão a impressão que uma cidade sozinha também guarda várias facetas por si só.
Demakes: a nostalgia retroativa dos games
[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]
De uns tempos para cá, várias desenvolvedoras de jogos têm reafirmado sua veia “oldschool” ao homenagearem clássicos dos videogames, seja com novas franquias (como o minimalismo vetorizado de Geometry Wars: Retro Evolved 2 e a iconografia estilo 8-bit dos menus e itens de No More Heroes) ou com seus clássicos (a Capcom e seu fantástico remake Bionic Commando Rearmed, e a inusitada seqüência Mega Man 9, que apesar de recente usa e abusa do visual da era NES, com direito aos bugs e limitações da época… opcionais, mas mesmo assim estão lá).
Hoje mesmo pipocou uma entrevista do Tomonobu Itagaki, ex-funcionário da Tecmo e produtor de Ninja Gaiden e Dead or Alive, que em meio à sua atividade favorita que não envolve jogos — isto é, tomar uns gorós — falou que “fazer jogos para o Nintendinho é mais difícil do que para o PlayStation 3”. Particularmente, acho que é galhofa da parte dele, já que em toda e qualquer geração os criadores de jogos têm que levar as limitações de cada console na hora de criar seus jogos. Ou você acha que um Gears of War sairia para Atari 2600?
Curiosamente, uma galera online tem feito algumas imagens que divertem profundamente, os “demakes” de jogos. A premissa é: e se tal jogo atual fosse lançado para um sistema mais antigo? Halo para Game Boy? Metal Gear Solid 4 para NES? Pois é, esta brincadeira rendeu um bocado de imagens estáticas — e tem gente chorando que queria vê-los em forma de jogo mesmo! — e vale dar uma conferida e tentar reconhecer que joguinho é aquele.
Mockup Frenzy #3 @ Way of the Pixel
E aí, qual destes vocês gostariam de ver refeitos de uma forma mais simples? Acho que BioShock ficaria maneiro.
Vida efêmera, tudo pela rainha e o inevitável
[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]
Uma das discussões que sempre volta no mundo dos videogames é o negócio dele poder ser considerado arte ou não. Discutir arte sempre é algo que dá margem a papos intermináveis, já que isso é um negócio super pessoal — como diria o pessoal do Private Dancers, “it’s an empty room (…) it’s nothing / it’s a work of art / it means something to me / it means nothing to you” (“é uma sala vazia (…) não é nada / é uma obra de arte / significa algo para mim / e nada para você”).
O mais interessante é que os jogos-arte — aqueles que são lançados especificamente como instalação interativa, mas em forma de game — estão começando a chamar a atenção da galera. Recentemente, tive a oportunidade de conferir três joguinhos (não em tom pejorativo, mas em duração e escopo mesmo). O primeiro, Passage, é sensível que só e dá margem a interpretações para quem joga os aproximados cinco minutos de duração… recomendo jogar duas vezes, e só ler o texto do criador explicando depois de jogar.
Depois disto, veio Mighty Jill Off, cuja heroína é inspirada no visual de Mighty Bomb Jack… só que ao invés de um super-herói, ela é uma gorduchinha (se é por ser ela um personagem cartoon em relação à outra do game, ou ela para ser mais cheinha mesmo, realmente não sei) com uma roupinha de vinil sadomasoquista. O curioso é mostrar que o jogo é puramente plataforma, e o fato dela estar encarando uma torre cheia de dificuldades só para agradar sua ”rainha” é só pra ilustrar a história mesmo.
Por fim, o mais recente foi The Graveyard, dos belgas da Tale of Tales. Este é mais uma obra interativa do que qualquer outra coisa, envolvendo uma vovó caminhando por um cemitério, sentando em um banco, ouvindo uma música e indo embora. A versão paga (US$ 5) inclui apenas uma função — a possibilidade da morte. Hmmmmm…
Audiosurf: Surfando as ondas sonoras
[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]
No começo de fevereiro — quando eu estava com pouco tempo para mexer no blog — conheci um pequeno game independente que tinha uma idéia bastante interessante. Audiosurf combina jogo de corrida abstrato (gráficos geométricos e coloridos, no lugar de pistas de carro, veículos licenciados e tudo mais) com game musical e quebra-cabeças de uma maneira que praticamente dá fator replay infinito…
O jogo constrói as pistas, obstáculos e relevo de acordo com a música que você selecionar em seu CD, MP3 ou seja lá o que for. Isto é, se você coloca uma música rápida, o trajeto será mais íngreme; uma música lenta tende a mostrar sua nave subindo uma ladeira; uma virada de bateria forma um túnel, e por aí vai. E se você considera que cada música existente cria uma pista diferente, faça aí as contas de quantos estágios diferentes podem existir, bastando que você a escolha no jogo. O negócio é viciante, e ainda rola um ranking online para comparar quem se saiu melhor em qual música — e se você criar a continha grátis no jogo, você ainda é notificado por email se alguém passou seu recorde. Competitividade é isso.
… e após algumas semanas de fase beta, a melhor notícia: o jogo está à venda no Steam, e você ainda leva a trilha sonora de The Orange Box de lambuja. US$ 9,95. Vai que vale a pena.













