Banner Image

Jigu

o blog de jogos de Pedro Giglio

Pedro Toledo
06/09/2010 | Jigu

Talentos.br: Pedro Toledo (BioWare)

[Post originalmente publicado no Arcadia, ligado à matéria “Talentos Brasileiros no Exterior” da Revista Digital]

Pedro Toledo

ARCADIA: Há quanto tempo você trabalha no exterior?

TOLEDO: Comecei há trabalhar na BioWare em novembro de 2007… Já tem quase três anos.

Como foi feito o contato com a BioWare?

Eu vim a saber que eles estavam procurando gente na minha área através do portal de games Gamasutra. Fiz o primeiro contato por e-mail. Depois de vários e-mails, e avaliação do meu portfolio, vieram as entrevistas por telefone e, em seguida, a entrevista ao vivo, aqui no Texas.

Quais as vantagens e desvantagens de trabalhar no exterior?

A minha área de interesse, modelagem e texturização de personagens para games, ainda tem muito pouco espaço no Brasil. Portanto, eu diria que a primeira grande vantagem é o trabalho em si. Poder trabalhar como Character Artist, num estúdio de renome, em projetos incríveis, é uma realização. Além disso tem toda a maturidade da indústria daqui. A BioWare é uma empresa muito competente, líder no seu gênero de trabalho, o profissionalismo de todos é altíssimo.

O lado financeiro também é melhor. O mercado brasileiro remunera menos. Fora esses fatores diretamente relacionados ao trabalho em si tem também, claro, a experiência de morar fora. Conhecer novas terras, novos costumes. Melhorar o inglês e ampliar os horizontes. É bem divertido.

Em quais projetos você está envolvido no momento?

No momento eu trabalho no “Star Wars: The Old Republic”.

O que você acha do mercado brasileiro para o seu ramo?

O mercado brasileiro tem várias frentes que já se mostram viáveis para a nossa realidade. Aquilo que me interessa, no entanto, ainda é raro aí. Eu não tenho interesse em jogos para celulares, ou para web. O que curto mesmo é fazer parte de jogos AAA, aquelas produções enormes e com muita qualidade gráfica. Essa é uma área em que, no Brasil, ainda se tem poucas oportunidades. Há o outsourcing, claro. Eu mesmo, antes de vir para cá, trabalhava remotamente e participei de jogos como o “Guitar Hero” e “Rock Band”, que são dois títulos incríveis, mas eu queria ver como é trabalhar dentro de uma empresa dessas, e não à distância. Nesse caso depender do mercado nacional é mais complicado.

De qualquer forma, eu acho que novas oportunidades estão aparecendo. A ida da Ubi para o Brasil, com a compra da SouthLogic, mostra que eles querem investir em produção. A abertura do escritório da Blizzard e as traduções e adaptações de seus jogos para o nosso idioma também são um bom sinal. Isso mostra que o mundo já nos vê como uma opção viável.

A qualidade do artista nacional é inegável. No mercado mundial de computação gráfica nós, brasileiros, temos vários notáveis. Artistas tão bons que logo são contratados por grandes empresas de vários países. Se um dia as produções feitas no Brasil forem grandes o suficiente para segurar essa mão de obra talentosa, em território nacional, certamente a qualidade do trabalho será de nível internacional.

Lembrando ainda que, até recentemente, toda essa geração de artistas que foi para fora se educou, na área de computação gráfica, por conta própria, são auto-didatas. Agora, nos últimos anos, o Brasil viu o surgimento de várias escolas com bons cursos voltados à formação de artistas de CG. Alguns, como a Pós Graduação em Arte 3D para Jogos Digitais do CCAA, que ajudo a coordenar, têm como objetivo formar artistas voltados para o mercado mundial, e não apenas nacional.

Eu cruzo os dedos para que todos esses fatores sirvam para aumentar o nosso mercado nacional. Eu adoraria poder trabalhar, naquilo que gosto, em minha terra natal.

Share: Facebook Twitter Linkedin
EarthBound Brasil
06/08/2010 | Jigu

Entrevista: Alex ‘Foffano’ (EarthBound Brasil)

[Post originalmente publicado no Arcadia]

EarthBound Brasil

Enquanto é louvável vermos que as produtoras e distribuidoras de games estão dando a atenção devida à tradução de jogos para o português brasileiro, existe uma parcela de fãs que se propõem a agilizar isso por conta própria por várias razões.

Alex “Foffano”, do site Earthbound Brasil, é um destes: ele e mais cinco amigos traduziram “Mother 3” – RPG para o Game Boy Advance até então inédito fora do Japão… e a esta altura do campeoanto, duvido que isto mude de figura – para nosso idioma.

Confira o papo que tivemos para a matéria da edição de segunda-feira da Revista Digital – que virou um box à parte chamado “Traduzindo jogos pelo amor à camisa”. Nada mais justo!

ARCADIA: Quantas pessoas participaram da tradução do Mother 3 pra português?

FOFFANO: Tivemos seis pessoas trabalhando ao todo. Cinco tradutores, cada um responsável por uma parte do texto principal e dos menus, e um hacker, que agora está nos ajudando a consertar os bugs para podermos lançar a versão final. Eu, além de tradutor, também me encarreguei de revisar TUDO. Duas vezes. Ser perfeccionista é cansativo…

A tradução foi feita do japonês, ou do inglês (aquele outro projeto por fãs)?

A tradução foi feita a partir da tradução para Inglês, feita por fãs. Primeiro, nós não entendemos bulhufas de Japonês, e segundo, o pessoal gringo que traduziu do Japonês liberou ferramentas que facilitaram demais o nosso trabalho. Tudo que tivemos que fazer foi traduzir o texto e encaixá-lo direitinho no jogo.

Quanto tempo tomou a tradução completa do jogo?

É difícil dizer ao certo, pois no início nós também estávamos traduzindo “EarthBound”, o jogo anterior a “Mother 3” na sequência. Nós só fomos pegando “Mother 3” para traduzir quando terminávamos nosso trabalho em “EarthBound”, então, no início, a tradução foi muito lenta. Mas, lenta ou rápida, a tradução levou mais ou menos um ano e meio.

Vocês traduzem jogos sempre, ou foi algo específico a este jogo?

Este é o segundo jogo que traduzimos. Nós começamos com “EarthBound”. Quando a gente soube que existiriam as tais ferramentas de “Mother 3”, reunimos um grupo para já ir discutindo como seria feita a tradução. Como estávamos bastante animados e sem paciência de esperar, resolvemos traduzir “EarthBound” (“Mother 2” no Japão), o qual, de certa forma, “Mother 3” é a continuação. Também pretendemos traduzir o primeiro de todos, “Mother”, mas isso só mais tarde.

Um jogo sair em português do Brasil influenciaria o quanto na sua compra?

Na situação que estamos, não muito. Não dá para ficar pagando R$200,00 sempre que quero um jogo, mesmo que seja perfeitamente traduzido. As empresas de vídeo-game não traduzem os jogos para Português porque não reconhecem o Brasil como um mercado, e os impostos em cima dos jogos só faz aumentar a pirataria. Isso tudo é muito ruim para o Brasil. Se o preço não fosse absurdo e os jogos fossem em Português, eu gostaria de ter tudo original, assim como a maioria dos jogadores brasileiros. Pelo menos, é o que eu acredito.

Share: Facebook Twitter Linkedin
04/08/2010 | Jigu

Entrevista: Dulce Nogueira (Quoted Tradução)

[Post originalmente publicado no Arcadia]

Dulce Nogueira

Na noite da Level Up! Live, realizada em São Paulo, tive a oportunidade de conhecer a Dulce Nogueira, da produtora Quoted. Talvez você não a conheça de nome, mas se é fã de videogames e já jogou algo em português, as chances de ter esbarrado no trabalho dela são enormes: a Quoted trabalha em tradução de jogos há mais de 10 anos, atendendo distribuidoras como a Electronic Arts.

Saiba um pouco mais do panorama da tradução de games para o português do Brasil, tema da matéria de capa da Revista Digital da segunda-feira passada, nesta entrevista exclusiva:

ARCADIA: Qual o tamanho médio de uma equipe para a localização de um jogo para português brasileiro? Normalmente é o mesmo tamanho nos casos de apenas texto e texto com dublagem?

DULCE: O tamanho da equipe está diretamente ligado a quantidade de texto e ao prazo que temos para finalizar o trabalho. Procuramos sempre trabalhar com a menor equipe possível, pois quanto menos pessoas envolvidas em um mesmo projeto, maior a uniformidade do texto.

Mesmo um projeto muito grande, como era o caso de “Sims”, “Harry Potter” e “FIFA” foi possível trabalhar com apenas um tradutor e um revisor em cada produto, pois os prazos eram grandes e permitiram fazer dessa forma. Já houve casos de projetos até menores, onde foi necessário envolver 5 ou 6 pessoas (entre tradutores e revisores), pois como o prazo era muito apertado uma só pessoa não conseguia dar conta de todo texto. O fato de haver a dublagem adiciona um período ao final da tradução, pois é uma etapa que só tem início após todo material InGame e Scripts estarem finalizados. Essa parte do trabalho tem uma equipe completamente independente da tradução. Aqui trabalhamos com diretores experientes, engenheiros de áudio, dubladores…. enfim, é outra equipe.

No caso dos RPGs online, para o qual pode existir algum tipo de manutenção (a disponibilidade de conteúdo inédito de tempos em tempos), é o mesmo grupo?

Esse tipo de produto normalmente parte de uma enorme quantidade de texto no jogo base, onde também procuramos trabalhar com a menor equipe possível. São projetos que duram uma média de 30 a 40 dias. Após o jogo base implantado, tem início a manutenção e expansão, onde procuramos usar os mesmos tradutores envolvidos no projeto inicial, de forma a manter a uniformidade no texto. Como são quantidades muito menores de texto normalmente é possível trabalhar apenas com o tradutor que foi líder no projeto original.

Como tem sido a receptividade do público para os jogos em português? Há muita cobrança vinda da comunidade gamer?

Estamos no mercado há 10 anos e fomos pioneiros nessa área. Localizamos o “SimCity 2000” e o “Sims” há mais de 10 anos. Depois disso muitos outros produtos foram integralmente localizados, seja apenas legendas e tela, seja dublado. O mercado ainda é muito carente de produtos totalmente localizados. Você deve lembrar que no evento da LevelUp! o público mesmo questionou sobre se o novo jogo seria ou não traduzido. Acredito que a indústria ainda tenha uma certa resistência em localizar no Brasil por uma questão de custo-benefìcio. Talvez as vendas não sejam tão grandes que compensem o investimento em localização… porém acredito que se o produto for localizado, automaticamente atingirá um público maior e venderá mais. Basta ver a febre de “Sims” que dura mais de 10 anos.

Os fóruns formados por jogadores sempre acabam ajudando nisso, embora crie também alguns problemas. Como os participantes são consumidores e no geral não sabem como é o processo de localização, acabam cobrando coisas que nem sempre é possível fazer por motivos alheios a nossa vontade. Usar determinados nomes, por exemplo, pode não ser possível por problemas legais e de licença de uso, ou coisas que não são possíveis devido a engine do jogo, que não permite determinadas ações.

Ao localizarmos um produto on-line, por exemplo, o jogador pode já ter tido contato com esse produto em comunidades internacionais e pode até mesmo ter jogado em servidores estrangeiros. Quando se depara com o produto com os nomes traduzidos, acaba estranhando e preferindo que tivéssemos mantido o nome original por exemplo, o que é difícil, pois geralmente o cliente deseja todo o jogo localizado. E porque não? Afinal todos falamos Português. Já quem não teve esse contato acha ótimo ter nomes de fácil memorização já em nosso idioma.

Qual o tempo médio de projeto para localizações de jogos (texto ou texto e dublagem)?

Aqui depende muito do tamanho do jogo. Um produto como “Fifa”, por exemplo, leva uma média de 8 meses entre o início e o final de todo processo, que envolve desde a tradução, até a redação dos scripts, gravação, edição de áudio e testes linguagem. Já produtos menores são feitos até em 30 dias, incluindo todas essas etapas. Aqui é importante mencionar que muitos produtos possuem a fase de testes fora do Brasil (ou com profissionais não localizados no país) o que pode gerar algumas “saias-justas”. Há também produtos onde a fase de testes é feita por nossa equipe, o que ajuda bastante a manter a qualidade final do trabalho.

No exterior, muitos jogos são dublados por celebridades de TV, cinema, música etc… e parte da divulgação destes títulos alardeiam isto. Isto já aconteceu em jogos localizados? Se não, esta possibilidade já foi contemplada?

Aqui já trabalhamos com nomes bastante conhecidos, como PVC e Prieto, Neto e Eder Luiz, Milton Leite e Rogério Vaughan. Sei que os nomes eram citados em matérias e na própria embalagem dos produtos, mas não me lembro de terem sido feitas ações específicas aproveitando isso. Mas aí já é uma decisão tomada pelo desenvolvedor, que deve ter tido motivos para decidir fazer dessa forma.

O trabalho da Quoted é todo realizado no Brasil, ou há contato direto com talento estrangeiro para isto?

Nosso trabalho é integralmente feito no Brasil, embora a maior parte de nossos clientes sejam de fora. Nossa equipe está baseada em São Paulo e temos estúdio de áudio no Rio e em São Paulo, o que nos permite trabalhar com os melhores dubladores, que normalmente estão divididos nessas duas cidades.

Share: Facebook Twitter Linkedin
02/08/2010 | Jigu

Jogos que falam nossa língua

Jogando em português (Revista Digital)

Qual não foi minha surpresa quando muitos amigos comentaram, estarrecidos, terem visto um comercial de videogame na TV brasileira? E ainda por cima, em canal aberto e no horário nobre? Pois é: o jogo de estratégia em tempo real “StarCraft II”, lançado mundialmente para PC e Mac terça-feira passada, já chegou no Brasil completamente em português. E não só os textos, caixinha e manual: dublagem completa, dizeres na tela – até mesmo placas, cartazes e pichações estão em nosso idioma.

A edição desta segunda-feira da Revista Digital traz uma matéria minha que certamente deve ser do interesse dos gamers e leitores fieis deste site: jogos localizados em português brasileiro. A versão online pode ser lida na íntegra neste link.

Além disto, também publiquei uma entrevista exclusiva com Steve Huot, diretor da Blizzard para a América Latina, e está lá no Arcadia. E durante a semana, mais entrevistas de figuras que entrevistei para a matéria serão publicadas por lá também — então fique de olho!

Passando o controle: Qual a sua opinião sobre jogos dublados em nosso idioma?

Share: Facebook Twitter Linkedin
02/08/2010 | Jigu

Entrevista: Steve Huot (Blizzard)

[Post originalmente publicado no Arcadia]

Steve Huot

Em meio a uma semana pra lá de agitada, Steve Huot – diretor de operações da Blizzard para a América Latina – cedeu uma entrevista exclusiva ao Arcadia para a matéria “Produtoras estrangeiras investem em traduções de videogames para conquistar o público no Brasil”, publicada na Revista Digital de 2 de agosto. Confiram como foi o papo a seguir:

ARCADIA: O que levou a Blizzard a fazer a localização completa de “StarCraft II” para o português brasileiro?

Nós queríamos vir ao Brasil há muito tempo, estávamos tão animados com o apoio da comunidade. Existiam sites que pediam: “Blizzard, por favor, venha para o Brasil”. As comunidades pediam que viéssemos de qualquer maneira, nem precisava ser traduzido, eles só queriam os jogos pelo quanto gostam deles. Nosso objetivo sempre foi fazer os games mais disponíveis e acessíveis ao maior público possível. Tivemos sucesso em nosso crescimento internacional e cumprindo este desejo, e esta foi uma vontade dos fãs por muito tempo.

Da real maneira da Blizzard, quando vamos a algum lugar, tentamos fazer o nosso melhor possível. Sabíamos que se tivéssemos que torná-lo mais acessível a mais gente, teria que ser no idioma nativo do país, ou você venderia somente para a uma minoria ou aos fãs mais devotos que jogariam em qualquer idioma para desfrutarem da experiência… no fim das contas, traduzi-lo para o português do Brasil foi para dar uma chance a todos.

Fiquei surpreso ao ver anúncios de televisão para “StarCraft II” – e ainda por cima, no horário nobre da TV aberta. Faz muito tempo que não vamos isto por aqui. Além do jogador veterano, que tipos de público vocês pretendem atingir com estes comerciais?

Boa pergunta. A Blizzard é única quanto a observar o mercado quanto ao seu potencial pleno, não o que foi feito no passado. Existem várias razões pelas quais o mercado brasileiro de games não é enorme. Não nos consideramos como outras companhias de games. Achamos que nossos jogos são feitos para qualquer pessoa que tenha uma conexão banda larga e um PC. Não importa se estão jogando “FarmVille” ou “Paciência” — estas são pessoas que deveriam ter uma chance de saber o que um computador realmente pode fazer por elas para desfrutar de uma experiência excitante. Daquelas que você poderá ter por anos e saber o que é enfrentar outros jogadores ao mesmo tempo.

Para nós, é um mercado enorme. São mais de 12 milhões de lares com banda larga e há o aumento na disponibilidade dos computadores. O mercado das pessoas que poderão jogar só aumenta – e o preço pelo qual o vendemos também foi reduzido para que se tornasse um produto para o mercado em massa no Brasil. Você não pode esperar isso se lançar um produto no mercado pelo mesmo preço do varejo nos EUA em um país com uma renda domiciliar comparativamente bem menor. Você não pode esperar que muitos sejam vendidos. Temos uma abordagem diferente para isto. Não temos jogos que vendem por um curto período de tempo; nossa visão de mercado é a longo prazo.

Algumas pessoas estão um pouco reticentes quanto às dublagens em português brasileiro, já que muitos exemplos do passado não foram tão bons (mesmo o primeiro “StarCraft” teve seus momentos esquisitos na época). Qual é o seu conselho para estas pessoas resistindo à versão em português do Brasil?

Isto é entretenimento e se trata de personagens com profundidade, emoção… mas posso dizer que este é um jogo que levou em consideração ser feito para vários idiomas. Acho que este foi o jogo com mais idiomas diferentes em um lançamento mundial simultâneo do que os de outras empresas de jogos tenham feito antes. Foi um grande desafio, mas sabemos o quanto é importante sentir a experiência de “StarCraft”. Sabemos que existem muitos jogadores que jogaram nossos games em inglês e que é com isto que estão acostumados, mas acreditamos que com a qualidade que investimos em nossa localização e a intenção de já lançá-lo em português do Brasil… é uma história sendo contada como deveria ser no idioma nativo.

Temos uma abordagem bem séria quanto à localização desde o começo… nós não fazemos só o que podemos: você vê sincronia labial, dublagens completas, acho que como nossa primeira investida chegou a ser tão perfeito quanto poderíamos fazer… e obviamente melhoraremos para nossos próximos jogos. Queremos continuar ajustando e melhorando.

Os jogadores podem esperar o mesmo tipo de tratamento para futuros jogos da Blizzard, como “Diablo III” e o perene “World of Warcraft” e suas expansões?

Ótima pergunta! Tivemos o empolgante lançamento à meia-noite em São Paulo e o apoio esmagador dos fãs na Saraiva, estamos impressionados com isso. Quanto mais apoio tivermos dos fãs e a fé no mercado local para ver mais nossos jogos, avaliaremos cada opção e adoraríamos trazer mais e mais de nossos jogos ao Brasil. Esperamos fazer mais anúncios para o futuro, mas posso te contar que se fizermos isto para nossos próximos jogos, será tão bacana quanto fizemos para “StarCraft II”, senão melhor.

Share: Facebook Twitter Linkedin
05/07/2010 | Jigu

Entrevista: Robert Simpson, executivo de eSports da Blizzard

[Post originalmente publicado no Arcadia]

StarCraft II: Zerg attack!!1!

Saiu na edição de hoje da DIGITAL minha matéria sobre a chegada de “StarCraft II: Wings of Liberty”, a esperada sequência do jogo de estratégia em tempo real da Blizzard. Parte das novidades foram apresentadas em um evento realizado em São Paulo, no qual pude trocar uma ideia com Robert Simpson, executivo da divisão de esportes eletrônicos da empresa.

Simpson comenta o quanto o jogo vai ser leve para os sistemas atuais e a chegada do serviço Battle.net no país – para quem curte os jogos deles e sempre quis competir no evento deles, a BlizzCon, é melhor ir treinando – pois os jogadores daqui não competirão apenas contra os brasileiros, como também contra o resto da América Latina!

ARCADIA: O primeiro “StarCraft” ainda é popular e vende muito, mesmo doze anos depois de seu lançamento. Uma das razões disto é o fato de ser um jogo leve para os padrões atuais de computadores. Vocês levaram este aspecto em consideração “StarCraft II”, deixando-o leve para os sistemas atuais?

SIMPSON: Sempre tentamos considerar levar nossos jogos ao máximo de pessoas possível. Essencialmente, se você puder rodar “World of WarCraft”, você provavelmente conseguirá rodar “StarCraft II”. Como queremos que muita gente jogue, então não é de grande importância para nós que o jogo seja um devorador de sistemas, ou de avanço tecnológico desnecessário. Queremos que tenha boa jogabilidade, e seja jogável pela maior quantidade possível de gente.

E quanto à parte de comunidade de “SCII”, como vocês pretendem promover o aspecto de “esporte virtual” do jogo no Brasil e América Latina?

Bem, da maneira como a Battle.net é feita, você terá uma experiência específica à região e jogará contra outros jogadores latinoamericanos. A forma como a BlizzCon funciona no momento é que cada uma das regiões disponíveis acaba tendo seu próprio torneio, e há um evento regional para os melhores jogadores. Os vencedores do evento vão para a BlizzCon. À medida que vamos adicionando novas regiões, idealmente queremos representar todas as regiões sob a mesma luz.

Da maneira ideal, existirá uma representação competitiva por parte da comunidade latinoamericana. Ouvi falar muito bem sobre os jogadores brasileiros e peruanos, que são incríveis. Então apoiaremos a demanda, sabemos da popularidade de jogos como “Counter-Strike” por aqui… se os jogadores profissionais quiserem jogar “StarCraft”, vamos ajudá-los.

Certo. E se a pessoa comprar a edição de R$ 49 reais nas lojas e tiver interesse em obter a experiência completa? Quanto deve sair?

Ainda não anunciamos os detalhes sobe isso… temos o sistema de cartões de 30 e 60 das depois do fim do prazo de “StarCraft II”, e anunciaremos mais detalhes sobre isto quando tivermos tudo esquematizado direitinho. Queremos garantir que está tudo perfeito antes disso. A Blizzard está muito entusiasmada com a chegada no Brasil, assim como os jogadores demonstraram estar.

“StarCraft II: Wings of Liberty” chega às lojas em 27 de julho. Prontos para finalmente enfrentarem a ameaça Zerg mais uma vez?

Share: Facebook Twitter Linkedin
21/06/2010 | Jigu

E3 2010: Matéria no Globo

E3 Logo

As novidades apresentadas na edição 2010, que ocorreu semana passada, refletem uma mudança curiosa no andamento desta geração de consoles: sua duração, como as fabricantes estão agindo para manter vivo o interesse do consumidor e como atrair novos fãs no processo.

Leia a matéria completa no Globo Online!

Passando o controle: Agora que o evento terminou, qual foi sua impressão geral? O que você mais curtiu durante a E3 2010, e o que você espera para de 2011?

Share: Facebook Twitter Linkedin
08/02/2010 | Jigu

Jigu no caderno Digital do jornal O Globo!

O Globo Digital - Online, por Sérgio Maggi

A edição de hoje do caderno Digital do jornal O Globo trouxe uma indicação para este blog na coluna Online, do Sérgio Maggi. Fica aqui o agradecimento a ele, e as boas-vindas para quem estiver visitando pela primeira vez! Fique à vontade para conferir o que foi feito por aqui até agora (e tem bem mais de onde vieram estes…).

Se você curtir – espero que sim! – adicione o RSS em seu browser ou agregador de feeds e saiba dos novos posts à medida que são publicados. Além disto, também sinta-se livre para me seguir no Twitter, ou entrar na página oficial do site no Facebook. A casa é sua! 🙂

Atualização: Agradeço ao Bigdigo pela foto! 🙂

Share: Facebook Twitter Linkedin


Konami Easter Egg by Adrian3.com