Promo Perfect Dark XBLA: Leve Joanna para sua casa!

Por muito tempo, o jogo GoldenEye – lançado para o Nintendo 64 em 1997 – foi referência em se tratando de modo multiplayer, mesmo que em tela dividida. Três anos depois, a Rare lançou Perfect Dark, outro game de tiro em primeira pessoa – desta vez com um climão de ficção científica – com ainda mais modalidades bacanas para jogar. A Rare foi comprada pela Microsoft em 2002, assim tornando-se parte da divisão de jogos da empresa – o que garantiu, por exemplo, a produção de um dos títulos de lançamento do Xbox 360: Perfect Dark Zero.
Se você não teve a chance de jogar o original direito mas tem um Xbox 360, eis aí sua chance de compensar o tempo perdido: uma versão de Perfect Dark saiu hoje na Xbox Live Arcade, com melhorias no visual e suporte a multiplayer via Internet… e eis aqui uma promoção para os leitores do blog!
Para ganhar o game, é só me seguir no Twitter (@jiguryo) e dar retweet na seguinte mensagem:
@jiguryo “Me amarro em uma ruiva!” Ganhe Perfect Dark XBLA no blog do Jigu! #jigu #perfectdark http://bit.ly/dssc1t
A promoção vale até às 19h de hoje, quando sortearei o vencedor ou vencedora e avisarei tanto no Twitter quanto aqui no blog. Mas não se esqueça de seguir meu perfil por lá, ou não terei como enviar o código! Boa sorte a todos!
Irlandeses célebres nos games
Hoje é o Dia de São Patrício, quando muita gente brasileira que não necessariamente tem alguma ligação com a cultura em questão sai para beber mais cerveja (e verde, ainda por cima), mesmo que sob a égide do santo padroeiro da Irlanda. E já que é assim, por que não lembrarmos mais um pouco dos personagens irlandeses nos jogos mais recentes? Afinal de contas, nem só de coadjuvantes – como o engenheiro Donnelly, de Mass Effect 2 – a participação dos irlandeses nos games é feita…
Temos figuras como os integrantes da família McReary em Grand Theft Auto IV, que incluem policiais como Francis e bandidos como Packie e Derrick; Aran Ryan, o hiperativo e falastrão pugilista de Punch-Out!!; Colin Moriarty, dono de bar e chefão do crime em Fallout 3… Além disto, temos outros que podem estar um pouco em cima do muro sob sua origem: Atlas, o misterioso cidadão revolucionário e guia de seu personagem no primeiro BioShock; Henry, irmão de Travis Touchdown em No More Heroes, tem um sotaque bem carregado – mas quem garante que ele é de lá? Afinal, seu irmão é americano… ou não?
De qualquer maneira, independente de ser elegível à comemoração do feriado em questão ou não – foi mal, mas o pezinho de família aqui é na Itália – ficam os votos de feliz Dia de São Patrício!
Passando o controle: Você lembra de mais irlandeses de renome no mundo dos games? Compartilhe-os nos comentários!
VVVVVV & G-Switch: Sir Isaac Newton chorou
[post originalmente publicado no Kenner Blog]
No final de 2009, Terry Cavanagh – que publicou Don’t Look Back, que já recomendei aqui no blog Kenner – lançou seu primeiro jogo comercial, chamado VVVVVV. O game em si não é caro – custa US$ 10 – e para quem ainda estiver indeciso, há uma boa demonstração jogável no site oficial. Esta última produção de Cavanagh é um jogo de plataforma com uma peculiaridade bastante interessante: o personagem não pula! O jogador é que tem que inverter a gravidade apertando um botão, fugindo de poços sem fundo e outras armadilhas.
Não é surpresa nenhuma que boas ideias costumem render uma série de imitadores, alguns bons e outros ruins. Vasco Freitas, programador português, também decidiu brincar um pouco com este conceito ao produzir G-Switch, que se concentra mais em correr pelos cenários invertendo a gravidade – lembrando aí que seu personagem também não pula, só mesmo passando a correr no teto e vice-versa. Ah, sim: e ainda é possível juntar mais cinco amigos no mesmo teclado, cada um com seu próprio botão de inversão de gravidade, para uma partida multiplayer.
por Pedro Giglio
– se Isaac Newton estivesse sob uma jaqueira, talvez demorássemos mais a conhecer a Lei da Gravitação Universal
Este Big Daddy não afunda
No final da semana passada, tive a oportunidade de zerar BioShock 2, sequência a um dos meus jogos favoritos de 2008. O que achei do jogo? Ótimo – mas comentários mais a fundo (sem trocadilhos com Rapture) virão em um post futuro.
Enfim, trago a você um vídeo onde um japonês fantasiado de Jason recria um Big Daddy. Como? Não quero estragar a surpresa, então assista aí e babe:
Passando o controle: Quem vai ser o perfeccionista de plantão – ou aspirante a morador de Rapture – a reparar qual o único erro desta escultura e citar nos comentários? Eu já vi… 🙂
5-Hit Combo: Mark Baldwin (Team 17)
Nesta semana, Mark Baldwin – produtor da Team 17 – é o convidado do 5-Hit Combo. E sim, ele também deu seu pitaco sobre jogos clássicos e esquecidos que mereciam um remake. Baldwin ressalta: “estes não são meus jogos favoritos, mas aqueles que eu gostaria de ver recriados”. Tranquilo, Baldwin. Vamos ver qual foi sua seleção:
1. Flashback (Megadrive): “Um jogo de visual ótimo para sua época, unindo jogabilidade ótima com animação fantástica e telas de fundo totalmente desenhadas à mão. Houve um tipo de sequência chamada Fade to Black com o mesmo personagem, mas com jogos como Shadow Complex por aí, este está maduro para um remake.”
2. One Man and His Droid (C64): “Na época quando a Mastertronic tinha uma linha de jogos a £1.99, este me manteve ocupado por muito tempo com a mecânica de jogo simples e elementos de puzzles (sou um pouco pato por quebra-cabeças). Baseado no programa de televisão tipicamente inglês One Man And His Dog, este era incrivelmente surreal e eu adoraria ver uma nova versão dele.”
3. International Karate + (Amiga): “Originalmente feito para o Amstrad 8-bits, C64 e Spectrum. A versão para o Amiga parecia incrível e jogava como um sonho. No game, três caras lutavam entre si em uma praia, tentando ser o primeiro a marcar seis pontos. A cada dois rounds, havia um jogo bônus que envolvia rebates bolas quicantes ou chutar bombas para longe. Muito divertido.”
4. Gods (Amiga): “Como maioria dos jogos dos Bitmap Brothers, Gods tinha visual e música ótimos mas também era um jogo de plataforma bem esperto se não me falha a memória, com uma inteligência artificial impressionante que parecia se adaptar à maneira que você jogava. Este também tinha bastante profundidade para um jogo de plataforma, incluindo a capacidade do jogador modificar as armas que pegava.”
5. Space Hulk (Amiga, “mas joguei-o no PC”): “Este é um daqueles jogos que realmente me assustaram quando eu jogava. Você poderia passar muito tempo planejando suas manobras só para vê-las dando horrivelmente errado. Até hoje eu me lembro da atmosfera, as instruções para cada missão e os efeitos sonoros assustadores. “Purge the enemy” [“Elimine o inimigo”] 🙂
Passando o controle: Ainda tem muito jogo bom das antigas que continua no esquecimento. Faça sua voz ser ouvida e comente quais clássicos você gostaria de rever!
SUP: Concurso Nokia e Hotmail valendo um Xbox 360
Parece que esta geração de consoles não vai embora tão cedo, né? (Ainda bem.) As fabricantes investiram tanta grana que, a rigor, o ideal é que as melhorias sejam graduais – como novas funcionalidades, controles, e assim por diante – antes de trocar tudo. Portanto, se você comprar um console agora, é bem provável que ele ainda dure alguns bons anos… talvez mais do que nas gerações passadas. E é aquilo, todos têm sua cota de jogos bacanas; particularmente, esta é a primeira vez em que tenho mais de um console da geração atual em casa, tamanha a variedade de jogos e experiências de cada um.
Eis que a divisão brasileira da Nokia e o Hotmail lançaram um concurso valendo um Xbox 360, bastando elaborar uma mensagem bem criativa para você mesmo receber por e-mail daqui a um ano – e se o vencedor mandar sua participação por uma conta do Hotmail, ainda leva um joguinho grátis para o console. É só enviar um email para queroumxbox360@ovi.com, informando nome e dois números de telefone (com DDD) para contato.
Boa pedida para quem ainda não tem o console, não é? Mais detalhes no site oficial da promoção.
(SUP = Serviço de Utilidade Pública, e não uma variação de “wassuuuuuuuup?”)
Passando o controle: E se você ganhar o Xbox 360, quais os jogos para o sistema que você mais gostaria de comprar?
Continuity: Seguido a ordem natural das coisas
[post originalmente publicado no Kenner Blog]
Se existe um tipo de quebra-cabeças que eu costumo olhar com cara feia, é aquele tipo com o blocos deslizantes e um vazio. Quando pinta um enigma deste tipo em algum jogo para videogame, bate uma irritação daquelas. Não sei se é pela falta de originalidade ou pela minha impaciência quanto a querer resolver logo, mas de qualquer maneira… estes costumam me tirar do sério. Ainda assim, há quem consiga fazer algo interessante em cima disto!
Continuity é um joguinho que mistura este elemento de deslizar peças com o jogo de plataforma tradicional. O jogador controla o personagem em um cenário que precisa ser montado para que tudo siga uma ordem coerente, uma continuidade (sacaram?) de forma que consiga pegar a chave e sair pela porta vermelha. Basta apertar a tecla de espaço para dar aquela embaralhada nas peças que formam seu cenário pensar um pouco e pronto!
por Pedro Giglio
– adora erros de continuidade no cinema
A ascensão dos indie games
À medida que a tecnologia empregada na criação de videogames se torna mais complexa, os custos de produção dos jogos tendem a se tornarem mais elevados. Uma prova disto está no aumento do preço final ao consumidor: enquanto os títulos de Xbox 360 e PlayStation 3 costumam ter o preço sugerido de US$ 60 no varejo, os jogos para o Wii – que roda seus jogos em definição aprimorada (EDTV) com resolução 480p – continuam na faixa dos US$ 50.
Infelizmente, nem todo estúdio tem bala na agulha para bancar um projeto do calibre de um God of War III, que custou US$ 44 milhões à Sony – ainda mais aqueles que ainda ficam à procura de distribuidoras novas, levando portas na cara até conseguirem; felizmente, nem toda produtora está restrita a criar projetos multimilionários, assim como as novas maneiras de oferecer jogos as ajudaram neste objetivo.
Não é de hoje que joguinhos grátis e independentes têm chamado a atenção das companhias maiores. Alguns exemplos relativamente recentes disto são Every Extend Extra Extreme, Blast Works e flOw. Os três games em questão são releituras de jogos freeware (no caso, Every Extend – que já tinha sido revisitado no PSP -, Tumiki Fighters e, hã, flOw) que acabaram tendo sua chance ao sol por capturar a atenção da Q Entertainment, Majesco e Sony. Fosse por distribuição em disco ou por download, o trabalho de desenvolvedores menores foi reconhecido. Outro exemplo que passa perto disto mas se revelou mais elaborado foi Narbacular Drop, criação de estudantes da universidade DigiPen que garantiu a contratação destes pela Valve para o desenvolvimento de um game inédito baseado no mesmo princípio: Portal.
Outro fator que pesou muito nisto foi a popularização da distribuição digital nos consoles. Jogos vendidos na PlayStation Network, WiiWare e Xbox Live Arcade – valendo notar que esta última também contam com uma área especificamente dedicada aos produtores com a iniciativa Indie Games, que vende jogos de US$1 a US$ 5, passa por fora dos dos órgãos de classificação etária e é gerido pela própria comunidade de game designers associados ao XNA Creators Club… vale notar que até mesmo estúdios estabelecidos, como Arika e Arkedo, também lançam seus jogos lá! – permitiram trazer jogos mais simples, mais baratos e não necessariamente ligados às tendências do que se vê nas prateleiras disputadas a tapa.
Na virada deste mês, vieram à tona duas novas iniciativas para manter este espírito independente unido pela mesma causa – e os dois anúncios vieram em menos de uma semana. A primeira é a Indie Fund, que reúne uma variedade de estúdios indies – que tiveram sucessos como Braid, Flower e World of Goo possibilitados por esta mudança na indústria – em prol de “apoiar o crescimento dos jogos como um meio ao ajudar desenvolvedores independentes a se tornarem financeiramente independentes e continuarem financeiramente independentes” e oferecer um modelo de publicação de jogos diferente do atual. A outra vem do outro lado do Atlântico: no Reino Unido, a iniciativa State of Independence também tem como objetivo apoiar os novos estúdios no processo de captação de recursos, promoção de seus jogos, e como obter o melhor lucro mesmo se com um orçamento apertado.
Outra jogada que achei interessante foi a fundação da Tomorrow Corporation, unindo as forças de integrantes dos estúdios responsáveis por World of Goo e Henry Hatsworth in the Puzzling Adventure… isto é, profissionais da independente 2D Boy e da subdivisão Tiburon da gigante Electronic Arts. Pois é – logo a Tiburon, mais conhecida por seus jogos esportivos, já tinha dado suas cabeçadas em gêneros diferentes como o ação, plataforma e quebra-cabeças.
Voltando à linha Xbox Live Indie Games, pelo menos dois jogos que surgiram como pequenos lançamentos online obtiveram distribuição por companhias externas para o PC: Clover, da Binary Tweed, que foi lançado neste ano em uma versão renovada; e Carneyvale: Showtime, do estúdio cingapurense Team GAMBIT, é o próximo. É o que costumo dizer para quem torce o nariz para os jogos dessa linha XBLIG: há público para todos, mas quem fizer um joguinho mais-ou-menos provavelmente continuará no limbo, e os realmente bons acabam chegando à atenção de todos.
E a lista dos independentes invadindo os consoles e PC continua crescendo: de cabeça e previstos para este ano, temos novas releituras para Cave Story, La-Mulana, Super Meat Boy, Spelunky HD… sem contar as produções totalmente inéditas, como o curioso Fez.
Passando o controle: Tem muito jogo independente legal que poderia ganhar nova versão, como Yume Nikki e Warning Forever… você conhece alguma pérola perdida que podia ganhar nova vida para PC ou consoles?
Coração oito-bits
Na sexta-feira passada, a Gaijin Games disponibilizou o primeiro trailer de Bit.Trip: Runner, o quarto jogo de CommanderVideo para o WiiWare. A série é conhecida por ter um visual que mistura aqueles gráficos simplérrimos da época do Atari com elementos 3D, muitas cores psicodélicas e uma trilha sonora no estilo chiptune — sabe como é, com aqueles timbres que poderiam muito bem ter sido do Nintendinho ou do Master System. Além de ser a primeira vez em que o personagem é controlado diretamente, o trailer me deixou emocionado – mais uma vez – por conta de mais referências aos clássicos. O que é aquela fase parecendo Pitfall? Com o logotipo da empresa no rodapé, que nem o da Activision na época?
Acho particularmente refrescante ver alguns estúdios honrando o passado e história dos videogames, fugindo (mesmo que, às vezes, apenas tematicamente) para o extremo oposto dos gráficos hiperrealistas que tantos estúdios, como a Crytek e a Epic, têm como meta e cada vez mais se aproximam. Outro exemplo que me divertiu bastante foi Rocket Riot, um joguinho de combate multiplayer para a Xbox Live Arcade onde os elementos destrutíveis se despedaçam em pequenos cubinhos, como se fossem os pixels. E sim, o design dos personagens e cenários também bebem um bocado nos graficos de outrora, mas em 3D.
Agora, se há um jogo que parece misturar tudo isto ao mesmo tempo, é o 3D Dot Game Heroes. Este joguinho da From Software para o PlayStation 3 tem seus personagens e cenários criados como uma mistura dos gráficos quadradões da era 8-bit e os “dot puzzles”, quebra-cabeças vendidos no Japão em que o objetivo é recriar os personagens espetando bloquinho a bloquinho em um tabuleiro na vertical. Não entendeu? É isso aqui:
Não contente do visual ser assim, a jogabilidade em si parece lembrar outros jogos das antigas, como The Legend of Zelda. E não contente com isso, ainda rolam outras referências bem bacanas, como um personagem que lembra o minerador de Spelunker… e as telas de carregamento mostram recriações engraçadinhas das ilustrações de caixas de outros jogos, como este Castlevania:
As novas gerações podem entender a importância e a graça de aparecer algo assim, mas tenho a impressão de que só aquele jogador mais “macaco-velho” (*ahem*) saca como ver essas paradas é legal.
Passando o controle: Qual a sua era favorita dos consoles, e por quê?
5-Hit Combo: Arnaldo Branco
Arnaldo Branco é, sem dúvida, um sujeito multitalentoso. Perigando soar como a Marília Gabri Herpes do Pânico na TV, apresento-o a você como desenhista, chargista, quadrinista, cronista, roteirista, colunista e flamenguista. O criador do Capitão Presença, herói supremo dos canabistas, também curte videogames – nem mesmo o fato dele estar preso há seis meses no inverno russo de Medal of Honor: European Assault o faz desanimar, não mesmo! 🙂

Marcando presença (sem trocadilho) como o primeiro convidado do 5-Hit Combo a não estar diretamente ligado à indústria dos games, Arnaldo Branco compilou uma lista de cinco histórias em quadrinhos que ainda não têm versões para videogame, mas que bem que mereciam. Vamos a elas!
1) Deathlok: “É um ciborgue, um personagem lado B da Marvel, criado nos anos 70. Parece que só saiu uma história no Brasil, nos anos 80, na revista Heróis da TV, mas tenho a impressão de ter lido mais, porque achei o personagem muito bem desenvolvido, com sua luta para não perder a humanidade – embora seja um dos poucos a fazer isso na história, já que vive em um futuro pós-guerra nuclear com canibais dando rolé. Achava bacana porque ele discutia direto com o computador instalado em sua cabeça, e como o Robocop (criado depois, sempre achei que rolou uma inspiração aí) não podia cometer suicídio porque não estava programado para isso. Se não me engano, ele era negro, provavelmente criado na onda da blaxploitation que a Marvel surfou na década de setenta, com personagens como Pantera Negra e Luke Cage. Daria um puta jogo em primeira pessoa (imagino o jogador tendo que combater inimigos e sua própria mente).”
2) Krazy Kat: “Se não foi a primeira (criada em 1913), foi a mais poética tira sobre a eterna luta entre gato e rato – porque o gato era apaixonado pelo rato, que retribuia atirando tijolos na sua cabeça. Perseguindo os dois, um guardinha tipo Keystone Kapers, que odiava o rato por ciúmes de Krazy Kat, sua paixão. Tudo isso na paisagem lunar de um lugar mutante chamado Coconino County (parece que era inspirado na cidade homônima onde George Harriman, o criador da tira, tinha uma casa). Só a descrição me lembra jogos como Mario, mas a coisa é toda ainda mais psicodélica.”
3) Squeak The Mouse: “Também um quadrinho de gato e rato, mas aqui eles se odeiam mesmo, chegando a matar um ao outro – inutilmente, porque a saga deles segue com o gato zumbi voltando para tirar a forra. Como muitos aqui no Brasil, conheci esse personagem do Massimo Mattioli através da revista Animal, excelente deformador de mentes que circulou no final dos anos oitenta / início dos noventa. Seria sensacional um game que misturasse todos os elementos dessa saga – cada capítulo de violência entre o gato e rato era baseado em um tipo diferente de terror, e há citações a Massacre da Serra Elétrica, A Noite dos Mortos-vivos e a filmes pornô hardcore.”
4) Ranxerox: “Estrela absoluta da revista Heavy Metal, Ranxerox foi a coisa mais chocante que já vi em quadrinhos – talvez tenha sido superado por outras HQs mais recentes (não me ocorre nada agora), mas escaldado pela mistura de pedofilia, ultraviolência e uso de heroína das histórias do robô filho da puta criado por Tanino Liberatore, nunca mais me impressionei com mais nada. Em uma Roma do futuro dividida em setores, todos eles arrasados, circula essa máquina assassina que é puro instinto e vício em eletricidade. Parece que fizeram uma versão para game, mas deve ser ruim – porque se usasse 5% da trama original teria sido proibida para qualquer idade.” [N.E.: Foi isso mesmo – “RanXerox: The Game” saiu em 1990, e até que mantinha parte de seu teor politicamente incorreto… mas não tanto!]
5) Badger, o Texugo: “Escolhi ele pelas possibilidades: é um super-herói completamente maluco. Tem sete personalidades, inclusive a de uma garotinha indefesa (imagine o que aconteceria em um jogo se ela baixar no meio de uma porradaria), sofreu abuso na infância e fala com animais. Como disse: MUITAS possibilidades.”
Passando o controle: É isso aí… está claro que que os videogames não precisam ficar relegados apenas aos heróis da Marvel e DC, não é? Quais personagens das histórias em quadrinhos você gostaria de ver como videogame?























