killer7: Eu Sou Legião, Pois Nós Somos Muitos

[Originalmente publicado no FinalBoss]
Um mal que assola a indústria dos games é a “síndrome do eu-também”. Mesmo que seja compreensível ver estúdios tentando ganhar o seu ao pular no barco de gêneros que tenham feito sucesso de vendas (por exemplo, GTA3 fez sucesso e ele alavancou jogos como Mafia e True Crime por outras empresas), e não necessariamente o resultado final é bom assim…. Mas este não é o maior dos problemas: o que há de nocivo nisto é a pressão por parte de certos estúdios e seus investidores para que os desenvolvedores criem algo similar às tendências de mercado, sufocando a criatividade dos game designers, salvo raríssimas exceções originalíssimas como Katamari Damacy e WarioWare. A Capcom resolveu chutar a jogabilidade convencional para escanteio ao criar Killer 7, um dos games mais intrigantes de 2005… e talvez desta geração como um todo. Se tiverem que culpar ou agradecer alguém, enviem seus pombos-correio para a dupla Shinji Mikami (série Resident Evil) e Goichi “51” Suda (Moonlight Syndrome / PSOne).
Resident Evil 4: Todo Mundo Contra Mim

[Originalmente publicado no FinalBoss]
Umbrella. Além de uma empresa de cosméticos com uma série de experiências duvidosas, um nome que provoca medo e raiva no coração de todos os fãs de videogame que já tiveram o prazer dúbio de encarar esta corporação: ótimo por ter a oportunidade de jogar os jogos da série Resident Evil, e ruim por estar na pele de um dos heróis (afinal de contas, convenhamos… pra sobreviver a situações tão sinistras quanto estas, “herói” é até pouco). Após encarar hordas e hordas de zumbis, cães monstruosos e outras aberrações da Natureza, a nova e esperadíssima versão resolveu dar uma guinada no jogo como o conhecemos. Os primeiros vídeos de RE4 apresentavam Leon, em uma tenebrosa mansão onde ele era atacado por fantasmas e outros objetos inanimados graças a uma infecção pelo infame T-Virus. E agora, trazemos a vocês a resenha de Resident Evil 4… que nada tem a ver com esta versão fantasmagórica apresentada anteriormente. Para a felicidade de muitos, o esperadíssimo game da Capcom chega ao Gamecube e mostra como dar uma variada dentro do próprio gênero pode fazer toda a diferença do mundo. E acreditem, cada segundo de espera valeu a pena.
Half-Life 2: O Homem Certo no Lugar Errado

[Originalmente publicado no FinalBoss]
De uns tempos para cá, os videogames (em todos os meios – consoles, computadores, portáteis…) têm se proposto a colocar o jogador na pele do personagem, no meio da ação. Isto acontece de maneiras diferentes, seja com cutscenes (filmes contando o que está acontecendo, como em Metal Gear Solid ou Halo) ou integrando os elementos narrativos à experiência do jogo, como no primeiro Half-Life, que fez tal integração com maestria. Nada de textos, filminhos gerados previamente ou na hora; tudo era apresentado na própria engine do jogo, dando uma sensação de continuidade e interação com o personagem e o cenário. Aclamado em 1998 e impressionante até hoje, Half-Life proporciona uma grande experiência de jogo e um desenrolar de roteiro surpreendente… seis anos se passaram, e após tantos atrasos, furtos de código, imbróglios entre desenvolvedora e publisher, finalmente sai a esperadíssima sequência: Half-Life 2 te coloca na pele de Gordon Freeman, cientista e libertador da humanidade…