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Jigu

o blog de jogos de Pedro Giglio

22/10/2007 | Jigu

Moneyhat vibrations!

Money hat: que dureza.
[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]

Infelizmente (ou felizmente, dependendo do seu ponto de vista), um dos assuntos que pintou nos debates do BarCamp Rio foi a monetização, vista com péssimos olhos e tema que deveria ter ficado de lado no evento. Mesmo assim, uma pergunta por alguém do auditório na palestra do Edney — que comentou o acontecido — e do Inagaki sobre o case InterNey Blogs. O fator “chapéu de dinheiro” veio à tona quando se questionou como fica a credibilidade do autor quando se trata de um post patrocinado, resenha paga ou coisa do gênero.

Vamos pegar um exemplo do meu metiê. Eu já me desfiz loucamente em elogios ao jogo Team Fortress 2 aqui, e não ganhei um centavo por isso (aliás, muito pelo contrário, paguei — e com gosto — pela Orange Box). Beleza. Aí digamos que eu decida fazer dinheiro com o Working Class Anti-Hero [risadas efusivas da claque], e aceite fazer resenhas pagas. Aí calha de cair um Crysis da vida no meu colo, eu jogo e acho alucinante — mundo da hipótese, pois o jogo nem saiu, não sei qual vai ser ainda — e me desmancho em elogios ao trabalho dos caras. Sei lá, o que impede meu leitor de achar que meu julgamento da coisa foi afetado por eu receber dinheiro — sim, estaria claro que eu teria sido pago pela resenha como um trabalho — pelo que faço?

É um ponto complicado, se você pensar no assunto. Detesto vestir o uniforme de Capitão Óbvio, mas acho que manter a coerência é vital nestas horas, seja o leitor ou escritor. Sim, sempre vai ter gente questionando — se serve de parâmetro, há quem ache no minifórum do FinalBoss que demos 8,5 para o fantástico Portal “caixistas [fãs do Xbox] estao pagando propina mesmo”. Porque Halo 3 ganhou 10 de 10 pelo conjunto da obra. Sinceramente espero que seja brincadeira, porque:

  1. não faz sentido nenhum, é uma falácia das mais imbecis já vistas por aí;
  2. somos profissionais, e se vendemos nossa opinião ela passa a não valer um grão de arroz.

Mesmo se chegasse um sombrero cheio de verdinhas e uma garrafa de tequila na minha casa, isto não faria um jogo ruim ser bom (ou vice-versa, segundo esta potencial teoriazinha de conspiração destes leitores descontentes ou implicantes… e isto acontece o tempo todo, “mas por que a nota final foi 9,5 e não 9,7?”, etc…).

O mesmo se aplica à discussão apresentada no BarCamp, naturalmente. Agora, se o formato e modelo de negócios usado pelo InterNey Blogs é inovador, ideal, a salvação da lavoura ou não… sinceramente, não é esse o assunto em questão, e prefiro não tocar no mesmo com uma vara de 10 metros.

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22/08/2007 | Jigu

BioShock: VIVA RAPTURE!

FB_Analise_BioShock
BioShock (Xbox 360)

[Originalmente publicado no FinalBoss]

Existem vários fatores que podem tornar um jogo memorável. Seja uma jogabilidade inovadora ou variada, direção de arte — seja no aspecto artístico ou tecnológico — bacana, uma trama densa, e aí por diante. Certos games conseguem preencher esta vaga com apenas alguns destes aspectos isolados, e de certa forma isto só reforça o quanto estes títulos brilham neste aspecto. Mesmo assim, vez por outra aparece um jogo que consegue aliar com facilidade vários destes fatores ao mesmo tempo e fazem com que este se torne uma experiência a ser lembrada por quem jogue, e recomendada a quem ainda não o fez. Combinando elementos de FPS, exploração, evolução de personagem, um pouquinho de quebra-cabeças, BioShock — considerado o sucessor espiritual da série System Shock — é um ótimo exemplo disto.

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17/05/2007 | Jigu

Microsoft começa a caça às bruxas no Xbox 360

[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]

Muitos jogadores que têm o Xbox 360 e compraram o jogo Crackdown tiveram um ótimo incentivo por fora: o convite para a fase de testes beta de Halo 3, famosa série de FPS para o console. Só que hoje alguns fóruns de games começaram a entrar em um frenesi daqueles: a Microsoft começou a banir os Xbox 360 que tiveram seus drives de DVD modificados para rodar discos gravados (e por “gravados”, leia-se “piratas”) da Xbox Live. Isto é, aquele console não acessa mais a rede deles; quer jogar online? Foi mal, mas você vai ter que comprar outro console. Te vira.

Xbox 360 banido da Internet.

Cara, é aquilo: nada justifica usar produto pirata. Não tem dinheiro para sustentar a parada? Não compra, então. “Mendigo não compra videogame”, como bem disse um parceiro jornalista de games quando uns e outros tentavam defender a idéia de que “ah, mas eu já compro o console, não tem galho de eu baixar jogo da net”, “não estou dando dinheiro pros pirateiros”, e outros argumentos igualmente capengas. Enquanto imperar a Lei de Gérson, a gente jamais vai ter um mercado forte de jogos aqui no Brasil.

É inegável que o entusiasta de videogames daqui se sinta lesado ao ver tantos impostos exorbitantes na comercialização de videogames daqui, mas na boa: quem sabe comprar direito, compra barato. É só pesquisar. Eu compro meus jogos pela Internet (novos e usados), vez por outra chegam aqui sem tributação — e mesmo se tributam, acaba saindo mais barato do que os preços sugeridos de lojas — e é isso aí. Não preciso ficar jogando e olhando por cima de meu ombro com medo.

Agora… como a vida é repleta de ironias, né? O slogan de Halo 3 é Finish the Fight; um convite pra testá-lo veio no jogo Crackdown (termo utilizado para ação policial de desmantelamento de quadrilhas, etc…); a eliminação de acesso a Live em sistemas que burlaram a lei começa junto com a chegada da tal demo, tão esperada por tantos… coincidência?

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