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Jigu

o blog de jogos de Pedro Giglio

Crackdown 2: Nada que agentes ciborgues não resolvam
15/09/2010 | Jigu

Crackdown 2: Uma segunda chance

[Post originalmente publicado no Arcadia]

Em 2007, o estúdio Realtime Worlds lançou “Crackdown”, um jogo de ação para o Xbox 360 no qual o jogador controlava um agente ciborgue em uma metrópole às voltas com o conflito de gangues. O jogo era divertido por uma série de razões, como melhorar os atributos de seu herói – que podia saltar alto como um prédio, arremessar caminhões nos inimigos, entre outras possibilidades sobrehumanas – e explorar a cidade enquanto mandava chumbo na bandidagem.

Três anos depois, a Microsoft lança “Crackdown 2”. Desta vez desenvolvido pelo estúdio Ruffian, o game é ambientado na mesma Pacific City de antes – só que anos depois, e com novos problemas: uma epidemia de mutantes que vivem no subsolo da cidade e saem à noite, e a formação de uma gangue composta pelos revoltados com a opressão da Agência e a ameaça dos mutantes garantem um dia de trabalho bem ocupado para os agentes… o jeito é tentar eliminar a ameaça mutante na raiz.

Crackdown 2: Os problemas mais prementes da cidade se resolvem com o arremesso de carro

Playground dos Destruidores: Se você curtiu o esquema do primeiro jogo envolvendo a caça às Agility Orbs, ficar pulando de prédio em prédio e realizar feitos sobrehumanos de força como se fosse fácil, comemore – o formato do jogo continua o mesmo. E agora ainda é possível formar grupos de 4 jogadores para o modo cooperativo online – além do bom e velho multiplayer para até 16 jogadores.

Nós Dominamos a Noite: O ciclo de dia e noite diverte, mesmo porque esta é a hora em que as ruas ficam abarrotadas de mutantes. Aí é a deixa perfeita para melhorar os atributos do seu agente – seja na pancadaria, tiroteio, explosivos ou o bom e velho atropelamento no esquema “boliche”.

Crackdown 2: Nada que agentes ciborgues não resolvam

A Voz Continua a Mesma…: Você jogou o primeiro “Crackdown” e não curtiu? Se for este o caso, você não tem tanto muito a ganhar com a sequência, pois é um caso exemplar de “mais do mesmo”. Fora o aumento do número de jogadores no modo cooperativo, o resto é bem em cima do que foi feito antes. A Ruffian pecou por ser conservadora demais.

… E os Cabelos, Também: Depois de vermos tantos jogos evoluindo no aspecto audiovisual nos últimos três anos, parece estranho ver um jogo tão… igual. Parece que não houve uma mudança neste quesito, dando a impressão de um trabalho preguiçoso.

“Crackdown 2” é um caso ambíguo de não mexer no time que está ganhando. Divertida, a jogabilidade é muito similar à de seu antecessor – o que é bom para quem curtiu o primeiro, mas provavelmente não converterá quem não gostou daquele… pelo menos agora tem como jogar com mais gente via Live, o que pode ajudar na percepção geral desta sequência. O tratamento visual é muito parecido com o antecessor, se não praticamente igual – e considerando que já se passaram 3 anos desde então, pode parecer que não houve um grande empenho neste quesito. No fim das contas, é um bom jogo, mas pecou pelo excesso de conservadorismo.

Exclusivo ao Xbox 360, “Crackdown 2” é recomendado para jogadores acima dos 18 anos e tem preço sugerido de R$ 159.

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Red Dead Redemption: Conheça John Marston
06/07/2010 | Jigu

Red Dead Redemption: Novo Velho Oeste

[Post originalmente publicado no Arcadia]

Quando ouvimos falar da Rockstar Games, é comum associarmos o nome à série “Grand Theft Auto” – e em outras ocasiões, jogos de níveis diferentes de controvérsia, seja justificável como “Manhunt” ou desmerecido como “Bully”. No entanto, outro jogo antigo da companhia ganhou uma sequência: “Red Dead Revolver”, um western para o PlayStation 2 e Xbox que foi vendido a eles pela Capcom, volta à toda em “Red Dead Redemption”.

Nesta aventura – não é uma sequência direta da trama de “Revolver” – o pistoleiro John Marston está à procura de seu antigo parceiro de gangue, Bill Williamson, para entregá-lo vivo ou morto às autoridades. Para isto, o antigo fora-da-lei viaja para a fictícia New Austin (*cof* Texas *cof*), no meio do deserto americano… e é claro que o negócio não é fácil, já que o bom e velho Billy arrumou novos amigos, uma base de operações e armas até dizer chega.

Não é nada que formar as amizades certas não resolva – mesmo que envolva um mercador charlatão, um irlandês bebum e um sujeito que claramente tomou muito sol na cabeça nesta vida.

Red Dead Redemption: Conheça John Marston

Vida Ocupada: Há muito o que fazer no jogo, mesmo sem considerar a trama principal. Caçar animais para vender suas carnes e pelagens (para o desespero dos politicamente corretos e ambientalistas de plantão), jogar cartas, coletar plantas e ervas, perseguir os procurados pela lei e entregá-los vivos ou mortos – vivos, valem mais! – e por aí vai. Sem contar o ocasional personagem coadjuvante que pede ajuda de uma forma ou outra.

Chumbo Quente: O sistema de combate remete ao de “GTA” e funciona bem – e fica mais divertido ainda com o uso do Dead Eye, que deixa tudo em câmera lenta por um tempinho e permite marcar pontos específicos de seus alvos para disparar uma rajada de balas… seja para acabar com a raça de algum bandido, ou até mesmo acertar somente a arma de sua mão e desarmá-lo. Ah, e trocar tiros a cavalo funciona bem pacas.

Aprenda a Respeitar o Homem Mau: O sistema de honra e fama afeta sua reputação por toda New Austin, cabendo ao jogador a escolha entre ser o mocinho gente boa que ajuda o lojista que teve seu caixa roubado, ou mesmo as profissionais da carreira mais antiga do mundo (heh) enfrentando bêbados violentos… isso ou sair metendo bala em tudo e todos, aí vai de cada um. E todas estas ações afetam a percepção de seu personagem pelos cidadãos.

Red Dead Redemption: Peguem este maldito!

Aluga-se Este Espaço: Talvez seja o costume pelos jogos de mundo aberto ambientados na cidade grande, mas às vezes as longas cavalgadas no deserto dão a óbvia impressão de um grande vazio entre os vilarejos. Faz sentido, é o velho oeste, e o visual incrível e as ocasionais atividades amenizam esta impressão… mas o tipo de jogador que reclamou das navegações em “The Legend of Zelda: The Wind Waker” provavelmente vai chiar com esta, também.

Indicador Escorregadio: Enquanto o sistema Dead Eye é bacana, é uma pena que não seja muito óbvio como desfazer a mira depois de marcada… isto é, grandes chances de passar por algum inocente (ou pelo menos que não fosse seu alvo móvel da vez) e meter bala nele inadvertidamente. E quais as chances de um inocente estar perdido no meio? Ah, só jogando pra saber.

Mesmo levando em conta que não se trata de uma marca muito famosa da Rockstar, “Red Dead Redemption” não poderia ter um nome mais apropriado, pois redimiu o anterior que passou batido por tanta gente. Aproveitar a popularidade ainda maior da companhia no cenário atual e o avanço do motor gráfico RAGE, que deixa o jogo com um visual e som espetacular, também ajuda. Além de um extensa campanha single-player cheia de atividades, o modo online é divertido demais – até mesmo quando seus amigos em níveis mais avançados têm cavalos dignos do jockey club, e você está naquele burrico velho do nível um com uma garrucha no colo. Mas não desista!

Red Dead Redemption (PlayStation 3, Xbox 360) tem classificação etária sugerida de 17 anos e acima. Até o momento, a Rockstar lançou a campanha cooperativa “Outlaws to the End” gratuitamente para download na PlayStation Network e Xbox Live Arcade.

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