Ensinando a história da música por meio de covers

Quem me segue no Twitter deve saber que costumo cumprimentar os seguidores quando acordo com um link para alguma canção, e nestes dias postei “Wash Away” pelo Alkaline Trio – na verdade, uma cover da banda de hardcore americana T.S.O.L. Acabei me pegando pensando: “de onde era isso mesmo?”, e não deu outra — a trilha sonora de Tony Hawk’s American Wasteland. Tava com isso fresco na cabeça depois do anúncio de Tony Hawk’s Pro Skater HD. Este jogo teve um elemento bacana na trilha sonora: bandas contemporâneas tocando covers da época. Bem que mais produtoras poderiam fazer isso, né?
Como American Wasteland celebra a meca do skate nos anos 80, a Activision mandou bem em dedicar parte da trilha sonora às covers de bandas de rock e hardcore que os skatistas da época curtiam – a seleção tem Adolescents, Bad Brains, Black Flag, Buzzcocks, Dead Boys, Descendents, Fear, Gorilla Biscuits, Government Issue, the Misfits e the Stooges – com covers por bandas atuais. Sempre acho bacana quando rola este tipo de iniciação aos clássicos de forma indireta nos jogos.

Outro título que mandou muito bem neste sentido foi Stubbs the Zombie in Rebel Without a Pulse. Como a trama deste jogo bem-humorado da Wideload era situada em uma versão alternativa do meio do século passado, não deu outra: a trilha é repleta de covers de bandas dos anos 50 e 60 – the Angels, Buddy Holly, Chordettes, the Drifters, the Everly Brothers, Frank Sinatra, Johnny Kidd and the Pirates, Little Anthony and the Imperials, the Penguins, Ricky Nelson… até mesmo um clássico de O Mágico de Oz (“If I Only Had a Brain”) entrou na parada.
Se considerarmos que os anos 50 e 60 eram uma época em que muitos artistas já regravavam canções de seus contemporâneos, é legal chegarmos ao ponto de vermos a trilha sonora dos jogos recentes, pesquisar a fundo de quem é cada música… e quando menos se espera, você aprendeu quem compôs, quem a tornou a canção popular (ainda há quem ache que “All the Young Dudes” é do David Bowie, quando na verdade é uma cover do Mott the Hoople) e por aí vai.

No fim das contas, acho que tão interessante quanto botar as canções originais de sua respectiva época em um jogo – como o fofíssimo RunMan: Race Around the World e sua trilha de jazz e blues das antigas, viva o domínio público – é dar aquela “tapeada” bem-intencionada nos jogadores das gerações mais novas ao botar suas bandas favoritas tirando o chapéu para os sucessos de outrora.
Combo de dois acertos beirando o início das férias
[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]
Este fim de mês tem sido super corrido pra mim, mas por boas razões. A principal é que eu estou entrando de férias hoje, finalmente! O negócio é que antes eu não estava com nada de remotamente interessante para fazer (e nem com grana para isso, mesmo que eu não esteja precisamente nadando em dinheiro).
Mas finalmente chegou a hora de tirar duas semanas de descanso merecido, pra dar aquela espairecida da correria do dia-a-dia. E para coroar esta data tão esperada, duas encomendas que eu estava esperando bastante chegaram:
– o disco de reposição do Guitar Hero III, conforme dito antes — isto é, saiba que você tem chances de trocar seu disco sem sair do Brasil. Chegou aqui em menos de uma semana.
– a reedição de Sam & Max: Surfin’ the Highway, a reedição da super-coletânea de quadrinhos do Steve Purcell.
Agora a boa é relaxar um bocado, mas sem deixar os preparativos da viagem da semana que vem no ar… “Viagem”? É, isso mesmo. Heh.
Troque seu Guitar Hero III do Wii sem sair do Brasil
[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]
No final do ano passado, eu encomendei o Guitar Hero III para o Wii assim que saiu nas lojas nos EUA. Me diverti horrores com a parada, mas algo incomodou os consumidores — as músicas do game estavam em mono, porque teve algum imprevisto na produtora. Quando isto veio à tona, a Activision abriu um cadastro para os usuários americanos e europeus que quisessem pedir a reposição pela versão corrigida.
Na época, telefonei para o escritório inglês da Activision — que atende todas as operações fora dos EUA e Europa — e fui super bem atendido por eles, que pediram meu nome e endereço para ficar no cadastro; assim que as reposições americana e européia estivessem adiantadas, eles efetuariam as trocas de outras regiões.
Depois que eu vi que estava rolando uma faceplate de presente para estes clientes, enviei outro contato para eles para saber em que pé estava a troca para terra brasilis. Eles pediram meu contato novamente para postarem a reposição.
- tire uma foto de seu jogo e controle originais, de preferência com alguma identidade sua à vista;
- cadastre-se no site de suporte da Activision e abra um pedido de reposição;
- explique sua situação e mande seu nome completo, endereço e telefone – lá tem um lugar para anexar a tal foto, comprovando que você é um usuário legítimo;
- não é necessário enviar o seu game original e defeituoso de volta — queime-o, guarde-o, faça um quadro, tanto faz! Mas é melhor mantê-lo, mesmo porque você provavelmente vai querer jogar até que chegue sua cópia corrigida.