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Jigu

o blog de jogos de Pedro Giglio

29/09/2009 | Jigu

Hunted Forever & Canabalt: Lidando com as pressões da vida

[post originalmente publicado no Kenner Blog]

Hunted Forever

À medida que os anos passam, as responsabilidades e pressões do dia-a-dia ficam cada vez mais evidentes para as pessoas. É aquilo, né? Começamos queimando a mufa para garantir as boas notas no colégio; depois, mergulhamos nos livros e cursinhos para passar em um vestibular; entrando na faculdade, e tome malabarismos entre o curso superior e o estágio (e provavelmente ganhando uma merreca)… E depois disso, você acha que acabou? Engano seu: aí vêm as responsabilidades do trabalho, namoro, casamento, filhos…

Quem falou que seria fácil, hein? É nessas horas que descobrimos quem aprendeu a lidar bem com os desafios da vida.

Mesmo que uns e outros entrem em pânico e achem que o mundo está armando um complô contra eles, a boa é focar os olhos no objetivo, não esmorecer e saber encarar estas situações que a vida impõe. Um joguinho onde a paranoia e a opressão transbordam tanto quanto a força de vontade do herói é Hunted Forever, onde um incauto personagem precisa buscar peças em um mundo bem pouco amigável… afinal de contas, é só estar fora da segurança das redomas de vidro que uma máquina voadora gigante te persegue tentando fritá-lo com um raio laser e o intimidando com frasezinhas de efeito. Ainda bem que nosso bravo herói é ágil e pode usar as pecinhas encontradas para aumentar sua resistência e velocidade…

Canabalt

Só que de vez em quando existem aquelas roubadas onde o jeito de se livrar dos problemas da vez é dando no pé – afinal de contas, diz um ditado aí que “o herói é aquele que não conseguiu fugir a tempo”. Se você achou o jogo acima tranquilo, tente ver como se sai no sinistro Canabalt. Só precisa apertar um botão: o pulo. Só que vai se preparando… correr dos telhados dos prédios, esquivar de obstáculos, mísseis em queda, pular de e em janelas e não se esborrachar de cara na parede ou cair dos prédios…

É, amizade: ultrapassar certos obstáculos, seja na vida ou em um jogo como este, nem sempre é fácil assim. Tem que ter disposição!

por Pedro Giglio
– que só corre se for para lutar outro dia

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22/09/2009 | Jigu

Rose & Camellia: Vamos parar de drama, hein!

[post originalmente publicado no Kenner Blog]

Rose & Camellia

Há pouco tempo, acabou mais uma novela das oito – que todo mundo sabe que é às nove da noite, mas não quer admitir… a começar pela própria emissora. E quase toda reta final destes folhetins tem um ritual: reunir aquela galera que já acompanhava desde a estreia, e às vezes o amigo ou parente curioso que decide entender mais de duzentos episódios em pouco menos de uma hora, e aquele que chega zoando perguntando quem é cada um dos personagens e por que estão agindo daquela forma, mesmo que só para azucrinar a experiência dos outros. Seja no final ou no meio da novela, existem aqueles momentos que todo mundo comenta no dia seguinte (e quem não acompanha fica boiando no assunto), como algum personagem que morreu e voltou, o irmão gêmeo que ninguém conhecia, uma revelação mais bombástica, ou até mesmo uma briga tensa pra caramba.

Para quem curte mais este último exemplo, fica a dica do jogo Rose & Camellia. O negócio consegue reunir um dramalhão digno da teledramaturgia mexicana – mas sem aquela dublagem safada, né? – sobre uma jovem noiva cujo noivo rico morre antes do casamento, e família do finado não quer dar os direitos à pobre coitada. Aí a coisa se resolve como? No tapa, claro! É só clicar com o botão do mouse em Attack e movimentar o mouse na direção da seta que aparece na tela. Na hora da cunhada revidar, também rola de apertar o botão Evade para desviar, seguindo o mesmo esquema… e ainda rola de devolver o tabefe com o botão Counter, num contra-ataque que faria suas colegas do trabalho comentarem na hora do cafezinho!

Mas não se deixe enganar, hein? A família do noivo cadáver é especialista em armar aquele barraco… melhor separar uma compressa com gelo, por via das dúvidas!

por Pedro Giglio
– que só usa a violência em último caso

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15/09/2009 | Jigu

Super PSTW ARPG 2009, You Have to Burn the Rope & Achievement Unlocked: o gostinho da vitória!

[post originalmente publicado no Kenner Blog]

Super Press Space To Win Adventure RPG 2009

Tem muita gente por aí que se amarra em passar o tempo tentando detonar aqueles jogos muito desafiadores, daqueles que fazem quem está jogando pular da cadeira, chamar os amigos no computador pra comemorar quando finalmente consegue zerar a parada. Só que nem sempre é assim, né? Vez por outra pinata um game mais difícil do que deveria, que faz pensar: “cara, que parada impossível! NUNCA que eu vou vencer esse negócio”.

Mas relaxe, não precisa jogar o teclado e o mouse pela janela. Se você quer algo para provar o gostinho da vitória sem fazer muito esforço, aqui vão alguns exemplos de jogos que oferecem o gostinho da vitória de um jeito bem tranquilo. Ah, que fique beeeem claro que todos estes jogos são brincadeiras bem-humoradas com aqueles elementos mais manjados do mundo dos games “sérios”…

Pra começar, que tal Super Press Space To Win Action RPG 2009? O nome já diz tudo: “pressione Espaço para vencer”! Isso mesmo: pra quê passar mais de sessenta horas explorando um mundo vasto de fantasia medieval, evoluindo seu personagem, aprendendo magias para enfrentar os monstros em uma história cheia de mistério, reviravoltas e inimigos sinistros… se você pode resolver tudo isso em questão de minutos? É isso aí – é só apertar a barra de espaço quando o jogo pedir e pronto.

You Have To Burn The Rope

Depois de terminar este verdadeiro épico, vamos para um game com mais ação: You Have to Burn the Rope. Nosso bravo herói – uma bolota rosa de chapéu – precisa derrotar o Colosso Sorridente. As armas dele não surtem efeito no monstrengo – pode tentar à vontade, é só apertar o Ctrl pra jogar as machadinhas – e aí o que resta fazer? Lê o nome do jogo: “Você Tem Que Queimar a Corda”. Vamos lá! Quero ver se você consegue realizar este incrível feito!

Achievement Unlocked

Aí você zera o joguinho acima e estar pensando: “tu acha que eu achei meu cérebro no lixo? Quero um jogo de verdade!”. Não seja por isso – eis aí um desafio grande como um elefante: Achievement Unlocked. Zoando essa tendência de colocar desafios escondidos nos jogos – Achievements, Trophies, e por aí vai – está aí um jogo onde qualquer bobagem que você fizer vale pontos. Mas aí é que tá o pulo do gato (ou do elefante): existem 100 desafios bem específicos dentro dessa doideira envolvendo elefantes, plataformas, espinhos e blocos de levitação. Será que você consegue resolver todos?

por Pedro Giglio
– que acha que todos devem começar por algum lugar

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15/09/2009 | Jigu

Fazendo a ponte entre sandálias e games!

[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]

Nem parece que já se passaram 5 anos desde que comecei a trabalhar profissionalmente como jornalista de games – nem comecemos com o papinho de diploma obrigatório ou não, né? De qualquer forma, após algumas resenhas freelance para o FinalBoss, em 2004 comecei a cobrir notícias do mercado, analisar os jogos de PC, consoles e portáteis, entrevistar figuras da indústria – dos estúdios indies aos peixes grandes – e por aí vai. Nada mau, pois sempre amei videogames, e gosto de escrever.

Eis que fui chamado como blogueiro convidado no site da Kenner – isso mesmo, aquela marca de sandálias – para escrever uma coluna semanal sobre jogos, junto a outros convocados que contribuirão com outros assuntos. Cinema, música, moda, e por aí vai. Só que não, eu não escreverei sobre títulos dos sistemas com os quais trabalho direto no FB, e sim jogos que qualquer pessoa possa jogar via browser. Pretendo comentar e apresentar alguns dos meus webgames favoritos, porque tem muita coisa bacana por aí – seja pela diversão ou mesmo por inovações nas quais o grande mercado nem sempre pode investir por vários fatores…

Portanto, fica aqui meu convite para o site oficial e o blog da Kenner, onde meus textos serão publicados toda terça-feira. Querendo saber mais novidades sobre o que está pintando no blog e outras informações, siga o perfil deles no Twitter – e o meu também, né? 🙂 Eis aqui o link para a minha primeira participação: “O gostinho da vitória!”.

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11/09/2009 | Jigu

Compre um PS3 Slim, mas respeite seu dinheiro

[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]

(eu já estava para escrever este post faz tempo, e me bateu a vontade de escrevê-lo de novo depois de ler a ridícula declaração das lojas daqui aos parceiros do UOL Jogos.)

Quando anunciaram o PlayStation 3 nos Estados Unidos, os US$ 600 foram motivo de piada por um bom tempo. Nem mesmo os fãs mais ferrenhos da marca pensaram em comprá-lo de imediato, ou mesmo no médio prazo – ao menos aqueles que não tentaram tapar o sol com a peneira afirmando coisas como: “ah, mas é um sistema caro”, “ah, o preço é esse mesmo”, “não é pra todo mundo”, e aí por diante. A combinação da gigantesca base instalada do PS2 com a arrogância teve seu preço para a Sony: comer poeira do Wii e do Xbox 360 nas vendas mensais de hardware por muito tempo.

Felizmente, parte da estratégia da empresa mostrou ao que veio com o tempo, seja por razões da própria ou pelas tendências da indústria. A propagação dos televisores em alta definição, a eventual vitória do formato Blu-ray sobre o HD-DVD para os (então) novos discos de alta capacidade, e a esperada redução no custo de fabricação dos componentes… tudo isto fez com que a percepção do PS3 para os gamers tenha melhorado bastante. Isso e os jogos exclusivos de peso, né? “Uncharted: Drake’s Fortune”, “Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots”, “Killzone 2”, os dois “Resistance”… sem contar que os filmes em alta ficam maneiríssimos.

Mas se botarmos na ponta do lápis, o malfadado preço elevado de estreia – como bem disse alguém no NeoGAF, “US$ 600 é a lancheira roxa desta geração, porque esse é o estigma que vai sempre ser lembrado” – já tem quase três anos. Vários modelos novos do PS3 apareceram, tirando a retrocompatibilidade (o que acho um senhor equívoco, mas isto fica pra outro post, quem sabe um dia…), trocando os tamanhos do HD, a troca do controle Sixaxis para o DualShock 3 e os jogos que vêm de fábrica… até que em agosto de 2009, veio o tão desejado corte de preço. Tanto o modelo antigo quanto o novo – mais compacto e econômico – custam US$ 299. Isto é, metade do preço original… no que pensei: “agora, sim, vai”.

PS3 Slim

Pouco antes do preço ser revelado, certas lojas online brasileiras – tipo Submarino e Americanas – tinham cortado o preço do anterior para R$ 1.300, R$ 1.200. Ainda bem que não sou de comprar no impulso! Daí do topo da minha inocência questionei se o preço do novo modelo seria razoável, já que o valor “derrubado” se aplicava aos modelos vendidos nos Estados Unidos por US$ 400…

Uma ova. Mesmo mais barato, mais leve e menos volumoso, o aparelho custa R$ 2.000 nestas lojas. Acho que é seguro dizer que importá-lo diretamente é mais negócio do que comprar neles.

Assim que anunciaram o preço, fui conferir na VideoGamesPlus – loja no Canadá onde compro meus jogos desde 2004 – quanto sairia pra comprar o aparelho e enviá-lo para o Brasil. Serei bem pessimista e arredondarei valores redondos pra cima e o dólar a R$ 2. Com a conversão do dólar canadense, o console caiu para US$ 263… e a postagem fica em US$ 175, pois eles só mandam hardware pela DHL, chegando em 2-4 dias úteis. Estes dois valores ficam no seu cartão de crédito internacional; ao receber na sua casa, tem que pagar em reais os 60% de importação e o ICMS (não sei ao certo se é 17% ou 18%, chutemos no valor mais alto) sobre o valor do produto, a postagem fica fora deste cálculo. A importação sairia por R$ 315, e o ICMS por R$ 96.

Comprando nesta loja canadense que falei, com o console um pouco mais barato que nos EUA, tudo junto sai por R$ 1.287 (sendo que R$ 411 disto você paga na porta da sua casa, o resto vem no cartão). Se você não vai comprar na loja que falei e achar alguma nos EUA que envie pra cá, beleza: refazendo as contas para o valor americano de US$ 300 – e usando o mesmo valor e serviço de postagem, porque este eu não descobri com facilidade – este total muda para R$ 1.418, e embutido neste valor estão os R$ 468 você pagaria ao receber na sua casa, sem ter que buscar nada em lugar nenhum.

No fim das contas, depende do consumidor decidir se a diferença que flutua de 500 a 700 reais vale o esforço, considerando que a parada chega na sua casa em menos de uma semana útil. Enquanto aqui rola dividir no cartão a perder de vista (ma non troppo) e a garantia local caso quebre, a dor no bolso é bem mais sensível… é aquilo: quero um player de Blu-ray, quero alguns exclusivos do PS3 – como “Heavy Rain” – mas meu dinheiro não dá em árvore. E mesmo se desse…

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