[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]
Muitos jogadores que têm o Xbox 360 e compraram o jogo Crackdown tiveram um ótimo incentivo por fora: o convite para a fase de testes beta de Halo 3, famosa série de FPS para o console. Só que hoje alguns fóruns de games começaram a entrar em um frenesi daqueles: a Microsoft começou a banir os Xbox 360 que tiveram seus drives de DVD modificados para rodar discos gravados (e por “gravados”, leia-se “piratas”) da Xbox Live. Isto é, aquele console não acessa mais a rede deles; quer jogar online? Foi mal, mas você vai ter que comprar outro console. Te vira.
Cara, é aquilo: nada justifica usar produto pirata. Não tem dinheiro para sustentar a parada? Não compra, então. “Mendigo não compra videogame”, como bem disse um parceiro jornalista de games quando uns e outros tentavam defender a idéia de que “ah, mas eu já compro o console, não tem galho de eu baixar jogo da net”, “não estou dando dinheiro pros pirateiros”, e outros argumentos igualmente capengas. Enquanto imperar a Lei de Gérson, a gente jamais vai ter um mercado forte de jogos aqui no Brasil.
É inegável que o entusiasta de videogames daqui se sinta lesado ao ver tantos impostos exorbitantes na comercialização de videogames daqui, mas na boa: quem sabe comprar direito, compra barato. É só pesquisar. Eu compro meus jogos pela Internet (novos e usados), vez por outra chegam aqui sem tributação — e mesmo se tributam, acaba saindo mais barato do que os preços sugeridos de lojas — e é isso aí. Não preciso ficar jogando e olhando por cima de meu ombro com medo.
Agora… como a vida é repleta de ironias, né? O slogan de Halo 3 é Finish the Fight; um convite pra testá-lo veio no jogo Crackdown (termo utilizado para ação policial de desmantelamento de quadrilhas, etc…); a eliminação de acesso a Live em sistemas que burlaram a lei começa junto com a chegada da tal demo, tão esperada por tantos… coincidência?