Réquiem para uma memória flash

[Post originalmente publicado no Working Class Anti-Hero]

Quem nunca perdeu seus arquivos por conta de um HD capotando nas horas mais inapropriadas? Ou mesmo se tocou que teria sido uma boa idéia fazer o backup do seu material… um dia antes? Pois é… há toda uma sensação de impotência frente a uma calamidade pessoal dessas. Fica até difícil decidir qual a pior situação: perder uma quantidade de dados enorme o suficiente para que você se lembre das coisas que foram pro limbo à medida que o tempo passa, ou algo mais compacto tomar chá de sumiço e você saber de cara quais foram as vítimas da vez.

Ainda bem que agora existe um monte de serviços online de armazenamento (desde paradas sui generis para qualquer arquivo a outras mais específicas, como o Flickr para fotos e vídeos)…. mas com as mídias virgens cada vez mais em conta, fica até feio não fazer este tipo de cópia de segurança com mais freqüência — mesmo que não seja especificamente a forma mais segura de fazê-lo; afinal de contas, CDs e DVDs também têm vida útil… aí você periga ficar naquelas de fazer o backup do backup.

O pior de tudo é que a razão por trás deste post é por uma situação que não é solucionável pelas dicas acima: vários saves do meu cartão de memória do GameCube foram corrompidos de uma hora pra outra! Sei lá como, e sinceramente prefiro nem imaginar demais. Não é nem pelos jogos que já venci e tinha aquele save maneiro, não… é por conta de um que eu ainda não tive a oportunidade de vencer: o RPG Baten Kaitos Origins. Cinquenta horas de campanha, duas batalhas particularmente impossíveis (hipérboles à parte), toneladas de exploração… tudo pra vala. E como save de GC só vai para outro save de GC, já viu…

Ccuriosamente, algo similar aconteceu comigo no primeiro Baten Kaitos. Prefiro não achar que é caveira-de-burro da série, porque eu acabei de comprar outro cartão — e um gamepad branco bonitinho da Nintendo, com cabo mais longo, direto da Play-Asia — e já voltei a jogar…

… e agora faltam apenas 47 horas para alcançar o ponto onde eu estava.